Simples assim...

Venho trabalhando como uma vaca leiteira nas últimas semanas em um projeto que parece não ter fim. Ontem na véspera de entregar todo projeto, um erro, uma falta, uma ausência. Alguém que não entregou o que devia.

Eu passei a noite tentando quebrar a cabeça para saber o que fazer com mais ou menos 30 pessoas pré-contratadas e não precisar dispensar ninguém, porque alguém esqueceu de pegar uma autorização e colocou a perder talvez o maior projeto que eu trabalhei em anos. Era uma única assinatura.

Tô morta e exausta, e como a empresa tem vários escritórios passeia noite mandando e-mails em espanhol e inglês. Para pessoas que não falam estas línguas. Foi uma longa e tensa noite.

A pessoa que deveria ter feito o que não fez, copiada em todos e-mails que eu mandei, tendo a paciência de explicar tudo a todos, fica na Alemanha. Colombiana, mas que vive na Alemanha.

Mas ela é tão babaca, tão babaca, que resolveu passar um e-mail para o escritório dela, só que esquece de não me copiar. Hoje pela manhã, o primeiro e-mail dela:

ich werde ihm nicht mehr antworten..

Toca no google e veja o que a responsabilidade em pessoa resolveu me dizer. Hoje eu volto para São Paulo, mas se eu ficasse aqui não meteria a cara em um sorvete, mas sim em uma Patrícia.

Por isso que eu disse lá abaixo, hoje, ao menos, eu não tenho mais estrutura emocional para mais nada. Eu juro que se a Maroca for embora, eu choro. Tamanha é minha desilusão. Também choro se o Michel for embora, se a gasolina subir, se a gasolina baixar, se algum botão cair, se eu comer alface picada(pobre alface), se eu comer atum no óleo e não na água, se o milho da pipoca não estourar, se o ralo entupir, se o Bial usar sandálias, se a fila demorar, se eu passar frio, se eu passar calor. Enfim hoje, me desculpem, eu choro.

Me acordem amanhã.