quinta-feira, março 14

[insira aqui o seu palavrão]

Resolvo enxergar todas as merdinhas que, fosse um dia ordinário, pisaria em cima distraída, daria uma limpadinha em qualquer mato e seguiria andando com o sapato meio sujo ou meio limpo, dependendo o otimismo ou negativismo do momento. Tem dia que é assim, arrebentam a bagunça camuflada nas gavetas de emoções, as teias de aranha nos cantinhos preguiçosos para os quais não queremos olhar, todo o lixo de inconformismos que deveria ter sido jogado fora há tempos... Em contribuição ao estado de espírito joinha, o dia de trabalho está uma porcaria e resolveram pintar as janelas, as portas, os portões e a minha alergia.
Gostaria de avisar que estou com uma sacola transbordando vários tipos de remédios para cães (umas 20 caixas) sentadinha bem à minha frente e enquanto troco olhares com ela, penso seriamente em comer o conteúdo de umas 2 ou 20 caixas. Pena que a água acabou. Tem um galão cheio ali num canto que poderia substituir o vazio, mas como não gostaria de dar olá para a minha tendinite nesta linda tarde de sol e os meus companheiros de escritório não estão aqui para dar uma ajuda... Também, caso estivessem, não tomaria os remédios, só a água.
Troquei a porcaria do galão. Derramei 2 litros d’água dentro dos plugs de um filtro de linha. Agora talvez bastasse ligar algum equipamento num dos plugs e fingir que o meu churrasco foi um acidente. Quem sabe até sobrava uma grana indenizatória para a família. Eu podia simular um sorriso maneiro para ficar com uma cara bacana. “Olhem como estava alegre! Tão jovem.”

Um comentário:

O Mordomo disse...

Credo, uai!