quarta-feira, junho 6

Rock's da Rose

Ontem, fazendo baliza, bati a frente do carro numa dessas bolotas de engate que as pessoas colocam nos veículos, supostamente para encaixar uma carreta, alguma outra coisa... nunca acreditei nisso - pela quantidade desses engates que eu vejo, mais da metade da população que tem carro teria que ter uma carretinha, alguma coisa assim. As pessoas colocam o acessório para se prevenir de eventuais batidinhas e com isso ferram os outros carros, numa nítida demonstração de desrespeito ao próximo - "protejo o meu patrimônio e que se danem os outros" - porque é óbvio que, manobrando, de dentro do carro, ninguém consegue ver se tem a tal bolota ou não, e acaba amassando e estragando o próprio carro. Pra piorar, o carro não era meu - era de Cheri. Fiquei louca da vida e me deu vontade de pegar a chave e riscar  com vontade a pintura do carro do infeliz. Cheri, sempre ponderado, falou para que eu me acalmasse, que deixasse pra lá, que não tinha amassado nada e tal. Sensato, ele, né... conhece bem a mulher que tem.

Hoje tive que passar no Carrefour Bairro na hora do almoço. Lo-ta-do. Promoção de frutas e legumes combinada com véspera de feriado e com um estabelecimento mal administrado. O caos. Fiz minhas comprinhas, analisei todas as filas e entrei em uma em que as pessoas estavam com volumes pequenos, poucas coisas nas mãos. Quando chega a hora da senhora na minha frente, ela faz um sinal para uma outra, em outra fila, que imediatamente veio com um carrinho dos grandes a-bar-ro-ta-do de compras. Comprona. Compra de mês. Ai, gente, rodei a baiana. A mulher peitou e eu resolvi encarar - "mas a senhora não vai entrar com esse carrinho na minha frente, de jeito nenhum! Entrei nessa fila porque analisei todas antes, a senhora estava na de lá, pois volte e aguarde sua vez". Imagina, guardar lugar, acho o cúmulo! As pessoas fazem isso o tempo todo e não se dão conta da falta de civilidade que é. É claro que o que determina uma fila de supermercado não é a quantidade de pessoas, mas o tamanho das compras... é claro que é desonesto uma pessoa de mãos vazias na sua frente, de repente se transformar em outra com uma compra de mais de 100 itens. Fiz um pequeno escândalo e não deixei ela entrar. Mulher mais abusada...

Mas é pra vocês verem, viu gente... como uma pessoa sensata ao nosso lado faz toda a diferença nessa vida. Ontem, com Cheri ao lado, me comportei como uma lady. Hoje, sozinha, fiz barraco no supermercado. Ninguém diria que se tratava da mesma pessoa. Ninguém.

8 comentários:

Jujuba disse...

Todas temos o direito de ter nossos ataques. O estresse da véspera estava acumulado. O problema é fazer barraco todo dia.

Rose Foncée disse...

Ai, Jujuba... tô num ponto que tenho que me segurar muito, viu... porque tá quase todo dia, menina... quase todo dia!!

Ana disse...

Você reclamou da "bolota", pois acha que a pessoa que comprou esse objeto o fez com a intenção de "protejo meu patrimônio e que se danem os outros" e repudia tal conduta.
Entretanto, o seu texto levou a conclusão de que a melhor solução seria não ter a "bolota" para que seu carro batesse diretamente no da frente e o fato de "dividirem" a batida/prejuízo lhe faria se sentir melhor.
Tem que assumir que errou (ou que não sabe fazer) a baliza e pronto!!!
Eu não teria dado a mínima para o seu barraco no supermercado e teria passado as minhas compras do mês na sua frente. Tinha alguém na sua frente e não interessa a quantidade de compras que ela fosse passar no caixa. Isso só faria diferença se você estivesse nos caixas com limite de itens, geralmente 10, o que não pareceu ser o caso.
Você realmente está sem paciência, seus posts revelam isso.
Ah, vale dizer que não tenho bolota no meu carro.

Rose Foncée disse...

Ana, eu só bati porque tinha a bolota. A gente aprende a fazer baliza olhando pelo retrovisor, e calculando a distância. O problema da bolota é que fica em baixo, não dá pra enxergar, então a gente pensa que ainda tem espaço mas na verdade não tem... era um carro grande, a bolota fica bem afastada do "corpo" do carro, digamos assim... se ela não estivesse lá, eu não teria batido, porque tinha espaço suficiente...

Com relação à fila, pra mim faz sim, toda a diferença do mundo. Não se trata de uma pessoa ir lá, buscar um ou outro produto a mais, ou alguém guardar lugar pra outra que está com uma cestinha... era uma pessoas de mãos vazias, e um carrinho lotado, abarrotado até em cima. Simplesmente não é certo. Pra mim é jeitinho, sabe... aquela coisa de querer levar vantagem^. levo as duas tias, a vizinha mais o filhinho pro supermercado, cada um segura uma fila e a que vagar primeiro a gente vai - é feio, é burlar a lógica da coisa, é querer passar na frente dos outros sim! Não sou instransigente, já aconteceu inclusive de eu mesma ir correndo buscar um produto que a pessoa que estava na minha frente tinha esquecido quando já estava passando as compras, por gentileza mesmo, porque não custava nada. São nuances, Ana, nuances - gentileza, ética, solidariedade, são coisas difíceis de se encaixar friamente no "certo" e "errado" das norams e regulamentos. É preciso bom senso, rapport e paciência - que aliás, eu tenho sim, e muita! Mas ser paciente não significa aturar todo tipo de desrespeito sem reclamar.

Pra relaxar agora, Ana - se fosse você com o carrinho pra passar na minha frente, pode ter certeza - o Carrefour Bairro ia viver seu dia de glória e ia parar gente pra ver a cena, porque eu te afirmo com a mais absoluta certeza - você não iria passar na minha frente MESMO!! A briga ia ser uma coisa sensacional... hehehe.

Um beijo, Ana. Paciência aí pra você também, e cuidado com as bolotas, menina!

Ana disse...

Não ia ser sensacional, ia ser LAMENTÁVEL...
Boa sorte pra você, Menina, que não tem noção de espaço! Pra relaxar

Rose Foncée disse...

(gente, e eu que tô sem paciência, heim... que coisa!)

Saulo disse...

Gente, cadê a civilidade das pessoas?

E ainda fala de espaço...

Rose Foncée disse...

Gente mais mal humorada, né Saulo?