quarta-feira, março 14

Manual do sonoro "Oi!" de passagem.

Se você, pessoa, se finge de morta ao ouvir um sonoro "oi!" ou um "boa tarde!", bom dia!", "boa noite!" de passagem, PARE com isso. Salvo se você detestar a pessoa em questão, retorne o cumprimento, ou retorne ao menos um aceno com a cabeça... Relevamos os casos que envolvam uma dor de garganta desgraçada, uma fratura no pescoço, cirurgia nas cordas vocais, ou um torcicolo do capeta. Fora isso, não te custa nada corresponder. A pessoa que te cumprimentou - e que em muitos casos foi justamente quem teve a coragem de abrir a boca após a batalha de olhares travada contigo a fim de decidir se iria ou não rolar um cumprimento sonoro e quem iria iniciar os trabalhos - merece.

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E se você cruzar o caminho de uma pessoa a quem pretende cumprimentar, mas com quem não irá iniciar uma conversa, limite-se a dizer um "oi!" ou um "boa tarde!", bom dia!", "boa noite!" ou qualquer coisa que não tenha mais que duas palavras nem ponto de interrogação no final. Tem coisa mais sem graça que um "oi! tudo bem? como é que você está?" de passagem? Aquele que você não consegue sequer responder, mal dá tempo de pensar no que está acontecendo e a pessoa já se foi? E se por um acaso, educadamente, você quiser retornar à pessoa com um "eu estou bem e você, como vai?", ela não vai, ela já foi! Te sobra uma resposta gritada de alguns metros de distância, ou uma mímica labial de alguém que está tão longe que não dá para fazer muita coisa além disso, ou a indiferença de alguém que na verdade nem te escutou ou que até já se esqueceu do assunto.

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É por essas e outras que eu sou fã do "oi! - oi!". É um lance rápido, prático e resolve as paradas.

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