quarta-feira, julho 6

O tempo, o tempo, o tempo e suas águas inflamáveis...

As mulheres das mais de 30 fotos abaixo são quatro irmãs, retratadas pelo fotógrafo Richard Nixon, todos os anos, desde 1975. Naquele ano, a mais nova tinha 15 anos e a mais velha, esposa de Nixon, 25. A intenção do projeto é mostrar como age o tempo sobre o corpo.

Decidi colocar todas as fotos, criando este post muito longo, porque o trabalho me emocionou extremamente. Na verdade, as fotos mostram muito mais do que a simples passagem do tempo. O envelhecimento e as marcas que vão aparecendo sem que possamos nos dar conta de quando, como, em que ponto surgiram, seriam impressionantes por si sós. Mas há muito mais do que isso - fiquei adivinhando a vida dessas irmãs, que por mais de três décadas se reúnem pelo menos uma vez por ano. Pelas imagens, dá pra ver que a vida foi mais fácil para umas do que para outras; dá para perceber os anos difíceis, em que o cansaço se torna mais visível; que pelo menos uma delas talvez tenha perdido tempo demais nessa vida, demorado demais... será que se arrepende? O que terá acontecido em 1991, que as faz parecer tão cansadas? E que belo ano deve ter sido 1995! O que teria acontecido em 2009, que as impediu de se reunirem?

Essa fascinante experiência não teria sido possível se as quatro irmãs não tivessem se conformado com o passar dos anos e tivessem passado a mocidade se violentando, se esticando, tentando parecer o que já não eram mais... muito mais do que uma cara esticada por procedimentos cirúrgicos ou lábios ridículos, inchados de botox, a última foto, de 2010, mostra a beleza que é atravessar a vida e aceitar as marcas do envelhecimento... o ar um pouco desafiador de 1975 substituído por uma placidez igualmente bela em 2010.

Respirem fundo, amores, porque a viagem é emocionante...

1975

1976

1977

1978

1979

1980

1981

1982

1983

1984

1985

1986

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2010

8 comentários:

Adelaide disse...

Há um tempo eu havia apostado o link para isto! Adorável, não?

Rose Foncée disse...

Demais, Adelaide, demais... não tinha percebido que você já tinha colocado o link... achei realmente emocionante...

Rose Foncée disse...

Adelaide, você também tem a impressão de que a vida das irmãs do meio deve ter sido bem mais turbulenta, e consequentemente bem mais interessante, do que a das outras?

Anônimo disse...

Lindo! Demais! Emocionante!

Patricia Scarpin disse...

A ruiva, de cabelo comprido, foi a que mais me chamou a atenção, em todas as fotos. Não sei o porquê.

Lindo demais!

Rose Foncée disse...

Patricia, acho que talvez pelo tom de pele, pelo tipo físico, é nela que a gente nota a pasasgem do tempo de maneira mais dramática. Ela e a outra do meio, que parece que assumiu uma nova postura, mudou radicalmente depois de madura...

lili cheveux de feu disse...

pq é ruiva, patricia. e as ruivas são demais. rsrsrs.

[eu acho meio assustador, pra ser sincera. tenho medo de envelhecer - olha a sindrome do peter pan aí de novo. hahaha]

Adelaide disse...

acho que a ruiva é a mais velha mesmo. Ela é a esposa do fotógrafo...