terça-feira, maio 17

Nos deram espelhos, e vimos o mundo doente.



Sempre ela. Já mencionei a Eliane Brum aqui, faz pouco tempo e vou mencionar de novo. Mais uma vez ela nos apresenta um tema da maior importância para reflexão, com sua habitual serenidade, ponderação e sensatez.

Porque pouco a pouco estamos abrindo mão dos nossos direitos, da nossa intimidade, da nossa privacidade, e nos deixando governar pela pior das ditaduras - a dos hipócritas, covardes e medíocres. De todo o texto, uma frase em particular ficou me martelando a cabeça: "...tudo virou a mesma coisa – e confundi-las me parece muito perigoso. Porque, se começarmos a tratar da mesma maneira uma mulher amamentando seu bebê e um ato de pedofilia, logo não saberemos mais a diferença."


Será que ainda dá tempo de acordar?

2 comentários:

Marissa Rangel-Biddle disse...

Quando que as coisas chegaram esse ponto e eu nem percebi?

Fazer mamaço para assegurar o direito de alimentar os filhos em lugares públicos. Aff! Nunca pensei que o BR estava se tornando um EUA no que ele tem de pior - um bando de prudes, doentes!

Texto ótimo.

marcelo disse...

Eu já venho percebendo a algum tempo... leis e normas cheias de boas intenções, que eventualmente trazem até bons resultados, mas que aos poucos vão nos imbecilizando, nos tornando crianças grandes... é a lei seca que equipara uma pessoa que bebe uma taça de vinho a um bêbado no volante, é a lei que nos obriga a comprar bananas por quilo e não por dúzia, são as muitas vezes ridículas normas de convivência nos nossos condomínios, etc... confesso que não gosto nem um pouco dessas coisas, e a apreensão que me gera é enorme. Enorme. Estamos nos metendo em um caminho triste, sombrio e sem volta...