sábado, abril 2

É para admirar

Cristiane Oliveira fala sobre a pesquisa que realizou para compor a personagem, em especial sobre sua convivência com presidiárias:

"O que mais chamou sua atenção?
Menos a marginalidade e mais a questão feminina lá dentro. O quanto elas são emocionalmente frágeis. A maioria entrou no crime por amor. Foram levadas pelos parceiros e depois abandonadas. Nos presídios de homens, o dia de visita é cheio, ? Mas no femininos, não. Elas são muito sozinhas, abandondas. São muito carentes. Talvez daí o alto índice de homossexualidade. Eu as vejo como mulheres presas em seus próprios corpos. Além do mais, elas precisam ser fortes para se impor, ter poder. Mas as exceções também existem. Conheci muitas mulheres baixinhas e fraquinhas que são respeitadas na prisão. Mas a maioria é fortona. Fazem exercícios, usam garrafas pet cheia de areia como peso. Foi lá que uma delas me deu um toque, disse que eu tinha que comer mais feijão com arroz pra convencer no papel."

E a coragem de fazer tamanho sacrifício físico ao engordar 15 kg, mesmo tendo histórico de obesidade. É muito raro vermos atores se dedicando desta forma aqui no Brasil, ainda mais para uma novela. É admirável.

Daqui.

Aproveito o post para mandar uma vaia ao pessoal responsável por desenhar as tatuagens falsas na atriz. Tá feio de tão inverossímil, galera.

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