Eu não fumo, nuca fumei e nunca fumarei. Mas parece que o fumante é o negro do novo século. Hoje eu li isto na Folhateen.Amanhã vai aparecer um monte de estudantes chamado outros fumantes de burros, e o Dr Jairo Bouer vai chamar de Bullying. No mínimo indecente ele largar este estudo para um meio de comunicação voltado a adolescentes.
No passado já se disse que negros tinham QI inferior, que mulheres tinham QI inferior, que infiéis tinham QI inferior, que gays tinham QI inferior...Do jeito que vai, eu irei fundar uma ONG pelos direitos dos tabagistas.
Em tempo, eu gosto da lei do não puder fumar em ambientes fechados, mas impedir os estabelecimentos de criarem ao menos um toldo para os fumantes, é errado. Então que se proíba de uma vez, porque é uma humilhação pública ver o pessoal fumando na chuva.
Coloquem mais impostos, porque cigarro ainda é barato no Brasil, cobrem mais caro pelo plano de saúde, porque os fumantes usam mais, sei lá, qualquer coisa, mas humilhar, não.
segunda-feira, abril 19
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11 comentários:
Adelaide, já disse que I love ocê???
Adelaide, também não fumo nunca fumei e nunca fumarei. Mas fico PUTO com essa maneira de lidar com as coisas e com esses puritanos quase tendo um orgasmo cada vez que uma lei draconiana dessas anti-fumo, anti-barulho, anti-bebida, anti-foda é aprovada.
Durante décadas o fumo foi incentivado, ninguém falava dos malefícios, era a coisa mais natural do mundo.
Acho uma PUTA duma sacanagem ficar tratando os fumantes como párias agora, como se fosse fácil decidir parar de fumar assim, da noite pro dia, só porque agora não tá mais na moda. Fico imaginando daqui há uns vinte anos, todos nós sermos discriminados pelos jovenzinhos porque somos porcos, bárbaros que comemos biscoitos de chocolate rechados cheios de gordura trans, hamburgueres gordurosos, fritura e refrigerantes. Seremos seres repugnates porque nossa pele terá o cheiro ruim característico de anos e anos dessa alimentação insensata, bárbaros e burros que somos, que já velhinhos existiremos para incomodar nossos descendentes tão mais esclarecidos e superiores a nós, com nossos hábitos horrorosos.
Vou até parar de escrever, Adelaide, porque esse realmente é um assunto que me faz soltar o verbo viu... pior do que isso, só o Estado me obrigando a comprar minhas bananas por quilo... Uó, amiga... uó.
1 - Essa gente que faz esse tipo de pesquisa só tem isso para fazer na vida. Então faz pesquisa para qualquer coisa: tem QI mais alto quem solta mais pum, tem QI mais alto quem escova os dentes da esquerda para a direita com até 2mg de creme dental e por aí vai;
2 - Acho um exagero não permitirem nem um toldo para os fedorentos poderem fumar sem se molhar na chuva;
3 - Tive e tenho orgasmos MÚLTIPLOS com a lei antifumo;
4 - E Marcelo, tá certo, o fumo é incentivado há muito tempo, mas por outro lado a boa educação e o semancol também são incentivados deste sempre. Ocorre que estavamos num ponto em que fumante virou quase pleonasmo de falta de educação. ALGUNS têm a sensibilidade de perceber que estão jogando fumaça na cara de um bebê ou de alguém que está almoçando ou de alguém que simplesmente não quer respirar a porra da fumaça, mas a grande maioria perde a noção de tudo pois está acostumado com o cheiro. Tanto que chegam a achar esta lei é "preconceituosa" [??????]
De boa, o papo envolve além de boa educação, a saúde pública e acho que se as metidas não forem enérgicas e rígidas como a lei em sampa - que, graças a DEUS, hoje me permite e ir a casas noturnas e bares com PRAZER de estar lá e sem ter problemas com alergia no dia seguinte - o negócio não vai funcionar nunca.
5 - Para quem é criativo dá até para usar o lance de ir lá fora para fumar como meio de paquera, pensa só... "vamos lá fora, dar uma... fumadinha?"
O problema das leis caretas, Lili, é exatamente que elas são muito confortáveis mesmo. É ótimo sair e não voltar pra casa fedendo a cinzeiro. É ótimo, no carnaval, uma lei expulsar o bloco que se concentrava na minha quadra e eu poder entrar e sair, e passar o feriado inteiro dormindo. Acontece que toda essa comodidade tem um preço, que é a nossa liberdade e a nossa civilidade, porque, não se engane, civilidade não é ninguém fumar porque tem uma lei que priobe não. Civilidade é saber conviver. As pessoas fumam e jogam fumaça na cara dos outros, porque são maleducadas, porque foram filhos mimados, porque os papais e mamães colocam as pessoas no mundo e acham que não tem obrigação de educar. Não conseguem conversar em casa e ensinar as coisas da vida, e depois acham que é o Estado que tem que proibir as pulseirinhas coloridas. Criam os filhos que nem uns robozinhos cheios de vontade, e aí vão fazer patrulha pra mudar a letra do "atirei o pau no gato", porque não se deve maltratar os bichinhos. Só que não tem um bichinho em casa pra que as crianças convivam e aprendam de verdade, na prática, que tem obrigação de respeitar os animais. E aí fica o Estado tendo que educar marmanjo, quando deveria estar cuidando de penitenciarias superlotadas, de morro desabando na chuva, de gente que não tem teto, nem nada. É ridículo, repito, ri-dí-cu-lo, numa cidade como São Paulo, o poder público ignorar o que se passa nas ruas, nas marquises, multidões de gente faminta, esfarrapada, pessoas sem segurança nenhuma na rua, crianças drogadas pedindo no sinal, pra, no lugar de estar fazendo alguma coisa por isso, estar fazendo blitz em boteco. Repito, não fumo, nunca fumei, nunca vou fumar na vida, não gosto de cheiro de cigarro, fumaça me incomoda, mas sou grandinho e sem me defender sozinho, sei onde ir e onde não ir, negociar com quem está me incomodando, sem precisar ficar chamando polícia pra tudo. Estamos indo por um caminho terrível, Lili, e não estamos nos dando conta disso. É assustador que, de livre e espontânea vontade, toda uma geração esteja disposta a abrir mão da sua liberdade e da sua maturidade em troca de um pouco de conforto e de uma segurança ilusória. Felizes eram nossos avós, que tinham o direito de negociar o preço de suas bananas diretamente com o quitandeiro, sem que o governo se intrometesse no negócio.
Falei demais, como sempre. Desculpem aí o mal jeito.
pois é marcelo, tu sabe que eu sei de tudo isso e o quanto eu fico completamente puta com a bandalhada de pais sem noção que continuam por aí dando cria feito cachorros de rua e moldando um monte de seres humanos de merda.
é óbvio que não precisariamos de leis caretas caso as pessoas fossem educadas e soubessem viver em sociedade, mas o fato é que as pessoas não são assim! e nunca vai existir lei que obrigue os pais a educarem "corretamente" os seus filhos, então não há como resolver certos problema na raiz. neste caso, é preciso tratar a feridas.
e essas feridas que promovem leis que parecem fúteis ou secundárias, afetam diretamente a pessoa pobrezinha que está lá passando fome e morando na rua, por exemplo, pq, dá uma pesquisada no google: o SUS gasta anualmente mais de 300 milhões de reais com o tratamento de doenças causadas pelo fumo. não sei você, mas eu quero é que os fumantes MORRAM e liberem espaço nas filas dos atendimentos. assim será possível destinar parte desta verba [sim, pq outra parte é usada para tratar os coitados dos fumantes passivos -funcionários de casas noturnas, por exemplo, que respiram mais fumaça que qualquer fumante que frequenta o estabelecimento em que trabalham] para cuidar de quem realmente precisa.
Lili, eu acho muito bacana debater, acho legal ter nossas opiniões confrontadas, existe muita coisa sobre a qual eu não tenho opinião completamente formada, já mudei de opinião muitas vezes, muitas coisas me deixam perplexo, e acho ótimo que seja assim. Mas eu sei que alguns assuntos são inegociáveis pra algumas pessoas, como, por exemplo, homofobia é para mim. Não flexibilizo, nem escuto outras opiniões. E nesses assuntos, não adianta debater, discutir argumentar. A partir do momento em que você se refere aos fumantes como fedorentos e que deseja que eles MORRAM, assim, em caps lock e tudo, é óbvio que pra você esse assunto é um desses inegociáveis. Ou seja, nem adianta querer levar esse debate adiante, porque não há como argumentar contra a paixão. Permaneçamos, eu cá e vc aí, com nossas convicções. Isso não nos faz, nem a mim nem a você, melhores ou piores, e, pelo menos da minha parte, não diminui em um milímetro a admiração, respeito e bem querer que tenho por ti. Só é assim, e é bom que seja assim.
Milhões de beijos.
A liberdade dos fumantes que o Marcelo defende esbarra com a liberdade dos não-fumantes. É sempre aquela velha pergunta "até onde terminam os meus direitos e começam os do outro?". Os não-fumantes têm todo o direito de respirar ar sem fumaça de cigarro.
Desculpa, mas cigarro é assunto sério. A fumaça do cigarro não é um fumacinha banal que vai fazer só coceira nas nossas narinas. Ela, infelizmente, afeta feio a saúde dos fumantes passivos.
Eu sou uma pessoa que sofre de bronquite alérgica. Quando alguém começa a fumar muito do meu lado, eu começo a tossir. Se for para algum ambiente fechado com muitos fumantes, além da tosse, meu olho começa a arder feio. Desculpa, mas não sou eu quem deve deixar esse ambiente fechado, vocês não acham? Afinal, meu consumo de bebida ou de comida não afeta em nada o consumo dos outros.
Quando temos o consumo de uma pessoa afetando o nosso bem-estar, devemos negociar com a pessoa. Mas, como já diz o Teorema de Coase, essa negociação só é viável quando há direitos de propriedade bem definidos. Infelizmente, não há uma definição de direitos de propriedade sobre o ar puro. Então, o Estado deve intervir. Se qualquer um pegar um livro de microeconomia, vai entender bem o que eu estou falando.
eu devia ter acrescentado um "rsrsrs" depois do MORRAM, para deixar mais claro que eu quis ser enfática e tráááágica [eu sou atrixxxx profissional, rapá rsrs] na questão da grana gasta com essa gente e nos lugares que eles ocupam nos atendimentos, que poderiam ser ocupados por outros mais necessitados, e não verdadeiramente que deseje a morte para os fedorentos. rsrs.
até pq o meu Barba é um fedorento e é claaaaaaaaaaaaaaaaaro que eu não quero que ele morra. não antes de ficar rico e fazer um testamento colocando tudo no meu nome.
hahahahahaha...
beijos, má!
ah... não tem muito a ver com a linha de discussão que estamos travando, mas me lembrei agora de uma cena que vi há umas 3 semanas, na cidade de Bauru: uma mulher numa gravidez avançada, devia estar com uns 7 meses ou algo assim, metendo fumaça de marlboro pra dentro... tinha que internar e amarrar essa maldita.
eu tenho um primo que nasceu sem as duas mãos em decorrência do fumo da mamãe.
agora, cá entre nós, uma pessoa que não tem respeito nem pelo proprio filho, vai respeitar a quem? vai respeitar o meu almoço? rá. mas não vai merrrrmo.
Lili, amiga minha e Saulo, amor meu. A minha birra não é especificamente com a lei anti-fumo. O que eu tenho pânico, pavor, nojo, horror, é da excessiva interferência do Estado na sociedade. Não acho certo ninguém dar baforadas na minha cara, mas também não acho certo um pub especializado em charutos, onde as pessoas que gostam vão especificamente pra fumar, ter que fechar suas portas. Se existe esse malefício todo no cigarro, ele deveria ser proibido. Ilegal. Porque isso não é feito? Porque proibir no restaurante não vai impedir a louca grávida de sete meses de fumar em casa, e numa ordem de precedência é claro que o bebezinho dela deve ser mais assistido do que eu.
O meu problema é essa intervenção. É a mesma indignação que eu sinto quando minha amiga tem que andar de meias e sussurrando dentro de casa as 9 da noite, porque a vizinha não tolera o barulho dela. É a mesma indignação que eu sinto quando me um guarda me taca um bafômetro goela abaixo, a troco de nada, enquanto eu vejo minha cidade se desintegrar a olhos vistos, com violência crescente e pessoas mal habilitadas fazendo barbaridades no trânsito. Não sou a favor de uma sociedade sem leis, sou contra o draconismo. É claro que a gente tem que fazer silencio a noite, mas quem mora em apartamento tem que saber que vai ouvir passos e eventualmente uma risada mais alta vinda de cima ou do lado. É claro que não se pode dirigir bebado, mas não se pode acuar as pessoas que comeram um bombom de licor. É claro que ninguem é obrigado a respirar a fumaça de ninguem, mas áreas bem delimitadas resolvem esse problema. É isso. As liberdades que o Saulo citou, consistem exatamente nisso. Os direitos do outro sempre vão, eventualmente, nos incomodar, e o incomodo, ás vezes pode nos obrigar sim, a deixar de frequentar um estabelecimento. O que que eu vou fazer num bar de charuto? Nada, uai, se eu for pra lá, tenho que saber que vou levar baforadas. Se o dono de um estabelecimento não toma providências enérgicas contra quem desrespeita áreas demarcadas, talvez esse não seja um estabelecimento que valha a pena eu frequentar. Da mesma forma que eu evito bares de happy hour nas noites de sexta e pizzarias rodízio em geral porque não suporto lugares com gritaria. Tá, gritaria não é questão de saúde pública como fumaça de cigarro, só que aí, voltamos ao que eu escrevi lá em cima - a questão é porque não se proíbe um produto que seja assim tão nocivo. Sabe aquela história da garota adolescente que estava transando no sofá da sala e o pai, pra resolver o problema foi lá e vendeu o sofá? Pois é...
E ó, só voltei à discussão por causa do seu rsrsrsrssr, viu... e melhor parar, né, porque daqui a pouco vocês vão começar a barrar meus comentários gigantescos, : D. Beijo, Sau. Beijo Li.
proibir também não ia adiantar, né má? e aí sim eu acho que seria muita "filhadaputagem" com os viciados nesta merda, pq eles não vão conseguir parar com o vicio de um dia para o outro, mas certamente vão conseguir comprar de outra forma... só que aí não poderão sequer fumar na calçada: vão ter que se juntar com o povo da maconha e da cocaína, que também são proibidos mas que são consumidos por deus e o mundo.
acho que a adelaide deu duas sugestões bem boas. uma é aumentar o preço do maço (o que ja está sendo feito) e a outra é aumentar o valor do plano de saude para fumantes...
bom... paremos né? mas também não estamos brigando, né? rsrs.
brigar sobre este assunto eu só brigo com o Barba. e como brigo com o Barba...
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