segunda-feira, fevereiro 13

Quem são vocês?

Sábado minha família comemorou o primeiro aniversário da minha priminha, Srta. F. Muita chuva durante todo o dia em uma chácara sem o namorado, com piscina, violão e cifras novas + Los Hermanos no fone de ouvido. Lá pelas tantas, servi de companhia para o meu tio numa viagem de carro que iria levar a minha avó de volta para sua casa (já estava cansada e satisfeita). No caminho de volta conversávamos sobre várias coisas, quando ele disse, a respeito de um amigo de infância: “ele era tecladista. Tocava e cantava num barzinho que a gente sempre freqüentou. Adorava tocar teclado! Mas agora ele já tá casado, tem filhos, não toca mais.”

Poxa! Desde quando casamento é sinônimo de castração?
Tenho tantos colegas que não vão ao cinema, nem de vez em quando, pois são casados e têm filhos.
Não fazem caminhadas por que não podem perder tempo e precisam ficar com os filhos.
Não saem depois das 17h, nem um minuto atrasados, pois têm que preparar “a janta” para o marido.
Não usam as roupas que querem por que um dia o filho disse “você já tá velha pra esse tipo de roupa”.
Acham uma loucura quando eu digo que fui ir ao teatro com um amigo enquanto o meu namorado assistia a um filme na casa de um outro amigo. Não acreditam que “eu tenha deixado” o meu namorado viajar sozinho para a casa de uma amiga em Curitiba por que eu não estava a fim de ir. Acham um absurdo eu ir a uma festa com o meu grupo de amigos enquanto ele vai para um barzinho beber cerveja com o grupo de amigos dele.

Aí eu me pergunto:
Qual será o verdadeiro significado de companheirismo?
Qual é a função de um relacionamento?
Qual é o meu espaço dentro de um casal?
Qual é a maneira certa de viver uma vida a dois?

A minha maneira certa é viver à minha maneira. É saber ocupar o meu espaço e não me apagar ao lado do outro. É fazer tudo o que eu quero sem sentir culpa ou desconforto. É permitir que ele viva à maneira dele, que faça o que quiser e que tenha a minha confiança. É fazer coisas juntos e entender que quando um não quer o outro faz sozinho, sem grilos.

Aí alguns me diziam “ah! Mas isso não vai durar muito”.
Bem, cinco anos para mim já é um bom tempo não? Cinco anos de namoro, de amizade, de alguma coisa estranha e muito boa. E está correto, e é apropriado, é verdadeiro, é válido, é adequando e é certo.
Ao menos para mim.
Ao menos para ele.

12 comentários:

Luiz Afonso Alencastre Escosteguy disse...

A vida é feita de estágios, só isso. Nenhum melhor que outro. Apenas mudamos, quando manda o nosso coração. beijão

anouska disse...

eu acho que a coisa vai piorando com a idade. tenho amigas que não tem vida independente porque tem que ficar SEMPRE com o marido e os filhos. claro que eu amo meus dois homens e é ótimo fazer coisas com eles (embora com o guilherme isso esteja ficando cada vez mais difícil. normal, né?), mas tenho minhas amigas e saio com elas sem o paulo também. adoro quando a gente faz programas junto, mas é ótimo saber que não somos gêmeos xipófagos :>) você está certíssima! bj

Ronzi Zacchi disse...

Ah! Ruiva, sai fora com essa de metafísica do casamento...

Tatiana disse...

Pois eu namorei tocando em bares, casei cantando em bares, toquei até um m~es antes de parir, amamentei em cima de palco, chorei separações com violão de baixo do braço e nunca me faltou parceiros.
Mas eu tenho que concordar que sou um caso à parte. Não tenho moral pra exigir que fulano deixe de fazer isso ou aquilo porque eu não deixo de fazer nada!
Mas não é qualquer homem que quer uma mulher como eu. Por isso casei 6 vezes.
Como eus empre digo, tenho natureza de gato em mundo de cachorro.
Se és uma gata, tem que aprender a balançar o rabo, mas continuar ronronando!

Tatiana disse...

Pois eu namorei tocando em bares, casei cantando em bares, toquei até um m~es antes de parir, amamentei em cima de palco, chorei separações com violão de baixo do braço e nunca me faltou parceiros.
Mas eu tenho que concordar que sou um caso à parte. Não tenho moral pra exigir que fulano deixe de fazer isso ou aquilo porque eu não deixo de fazer nada!
Mas não é qualquer homem que queira uma mulher como eu. Por isso casei 6 vezes.
Como eus empre digo, tenho natureza de gato em mundo de cachorro.
Se és uma gata, tem que aprender a balançar o rabo, mas continuar ronronando!

Anônimo disse...

Eu cansei de cuspir pra cima, dizendo que nunca me casaria. Mentira grande! Mentira pra mim.
A gente topa uma vida a dois quando descobre que 1 + 1 = 11, e não 2.

Madame disse...

Bem falado Guga! Eu ATÉ me casaria, se fosse pra ser do jeito que é hoje, mas o "casamento" e "filhos" não me agradam non.

Tati, acho que sou bem parecida contigo mas, ao invés dos palcos de show estou nos palcos dos teatros... Ah! E nem penso em casar 6 vezes... sua douda!!!

Ronzi tá com medo a esta altura do campeonato??? Cuidado.

Cris, o pouco que eu convivi contigo me fez crer que o seu casamento é o meu ideal de vida. Você e o Paulinho são um exemplo para a humanidade.

Ah sim Demian, detalhes esquecidos...
E se você deixasse de ser tão puta já teria arranjado um namorado. Vai lá e lê o que a Roberta escreveu sobre o Brokeback Moutain de novo, vai..


É Thi, a única coisa que deixou o moço (namolado) com raiva é que ele queria conhecer o Rio também... Da próxima vez, quem sabe. Recebi mais convites. Hohohohoho...

Ronzi Zacchi disse...

Medo do que fia??? Depois de 5 anos junto eu não vejo a hora de casar... mais apaxonado que nunca!!!

Madame disse...

Sorte procêis Ronzi. Existem casamentos que dão certo sim. Espero que o seu seja um deles...

Thiago, não ofereça por educação...

anouska disse...

ruiva, mami adorou a idéia do template novo. vou pensar aqui com meus botões e depois te digo se tive alguma idéia mirabolante (meio difícil, mas...) beijim

Anônimo disse...

Hummmm... complicado isso...
Acho que tem um meio termo aí...lugares de pegassão maridón não vai sozinho não... boates, barzinhos... E eu também não veria graça em ir sozinha. Viajar também acho que não rola não...
Mas jogar um futebol, tocar um instrumento, ou qualquer outro hobbie, é normal...

Greice

Anônimo disse...

Bah, só agora vi esse teu post. Nem sei se tu vai ver o comentário, mas só queria dizer que é bem parecido esse modo de viver de vocês com o nosso, meu e o 77.
Agora mesmo estou viajando a trabalho e a colega de quarto dizia que quando liga pra o namorado é um stress. Neuras porque ela está viajando a trabalho.
Loucura isso. Loucura o modo obsessivo repressivo que as pessoas vivem.