Estava vivendo num estado de constante estresse. Não costumo deixar que nada transpareça. Só a irritabilidade e o mau humor poderiam me denunciar, mas como já fazia anos que cultivava um humor infernal, ninguém nunca notou a diferença. Ninguém, com exceção do meu estômago. Criei uma maquininha de remoer emoções.
De vez em quando ainda me lembro que ela existe. Vez ou outra acabo colocando-a para trabalhar - a gente cria um certo apego pelas coisas que nos fazem mal, vai entender. "Vez ou outra"... Só pelo fato de conseguir escrever isso ao me referir à frequência de utilização do meu pobre estômago como segurador da minha barra, preciso me aplaudir.
Não é fácil. Não é fácil reconhecer, nem aceitar, quanto mais tomar atitudes. Mas, olha, tomemos mais atitudes. Não subestime suas dores. Não subestime seus problemas. Por menores que eles pareçam ser, às vezes a gente simplesmente não consegue se libertar. Às vezes precisamos de ajuda.
Comece escrevendo e conversando. Não guarde. Não se apegue. Fale. Solte. Troque ideias. Abra suas portas, suas janelas, deixe ir. Com tudo aberto você acaba dando chance para outras coisas entrarem, até mesmo coisas boas. Dê abrigo para elas. Para as coisas boas. E siga fazendo a faxina. Chega um dia que fica fácil.
quarta-feira, fevereiro 13
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7 comentários:
Tô precisando disso, acho que estou me adoecendo. Aliás, comecei desse jeito depois que parei de escrever. Então considero este um excelente conselho.
Bjs
Ah, sobre o gatinho que tinha falado num outro comentário. Salvamos a perninha dele (que é ela), já vai começar a fisioterapia. Ainda não dá pra doar.
Você chegou a receber o meu e-mail, Carol? Não vi sua resposta... Achei que já até tivesse doado a bebê. Torcendo pela recuperação rápida dela.
Quer ver uma coisa curiosa? Eu escrevi este texto ontem à noite, do nada. E hoje, sem saber, era a minha última consulta com o psiquiatra. Eu tinha 12 consultas pelo convênio, não contei as sessões e elas terminaram hoje.
Essa Era de Aquário... Rs.
Beijo.
Lili, minha mãe, a vida inteira falou: eu preciso falar tudo que eu penso; preciso ficar puta, xingar, desabafar - em voz alta - porque de ataque do coração é que eu não vou morrer! haha
Acho que remoer as emoções é mais comum do que a gente gostaria que fosse, mas faz tanto mal... Eu sou mais contida que minha mãe e sofro problemas infinitos de estômago... :(
Por isso concordo que conversar com alguém, mesmo que seja só um amigo, é essencial. Aqui tem um ditado assim: um problema compartilhado é meio problema :)
Fica bem!
Beijos
Dedé, já amei sua mãe. Amei o ditado. Obrigada por escrever! =)
Um beijo enorme!
Lili, não recebi seu e-mail. Agora não sei, será que eu não reconheci e excluí? Bem, não vi o e-mail. Será que você ainda tem ele? rsrs O gatinho, que é gatinha, é uma surpresa de recuperação, já consegue mexer o pé. Considerando que a perna toda estava dura, foi um grande avanço. Ela sempre será deficiente (uma pata será menor que a outra), mas tenho esperança que pelo menos vai ter a função da pata reestabelecida.
É menina, o que nosso cérebro sabe que a gente não sabe. Ainda tem gente que não acredita no inconsciente...
BJs
Cara, agora tu me deixou preocupada... Busquei na minha caixa de e-mail e não encontrei nem a sua mensagem! Será que a minha cabeça fez confusão com o que tu escreveu aqui nos comentários do blog?
Eu JURO que li algo, que vi fotos [será que sonhei?] E me recordo perfeitamente de ter escrito uma resposta! Credo.
Me manda de novo, por favor.
[Falando em truques do inconsciente... Rs]
Beijo.
<= esta pessoa é ótima em ouvir.
Bj
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