domingo, outubro 16

Não dá nem para alegar que é notícia tendenciosa...

67 bilhões de porcos, aves e vacas são expostos, anualmente, a condições de crueldade, segundo a FAO – Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, o que coloca esses três bichos nas primeiras posições do ranking dos animais que mais sofrem maus-tratos em todo o mundo.

Os culpados por tanta crueldade? Os consumidores de carne, ovos e laticínios, já que esses animais são maltratados, exclusivamente, para a produção de alimentos. Quem manda o recado é a HSI – Humane Society Internacional-Brasil, que para mudar essa realidade está promovendo no país uma campanha em prol do bem-estar dos animais de produção.

O foco central da ação não é levantar a bandeira do vegetarianismo, mas sim do consumo consciente. Hoje, no Brasil, mais de 70 milhões de galinhas são trancafiadas em “gaiolas em bateria”, que são superlotadas e não tem espaço nem para as aves abrirem as asas. A situação dos suínos não é diferente: cerca de 1,5 milhão de porcas reprodutoras estão confinadas em “celas de gestação”, que são baias individuais de metal onde as fêmeas não conseguem nem se virar. Tanta crueldade é necessária?

“Queremos mostrar que, assim como os cães e gatos, estes animais são sensíveis, sociáveis e inteligentes e, portanto, merecem o nosso respeito. Queremos que, além de reduzir o consumo de carne, leite e ovo, o consumidor se recuse a comprar daqueles que produzem com crueldade”, disse Guilherme Carvalho, que é gerente de campanhas da HSI-Brasil. “Essa é a hora de nos mobilizarmos, porque a previsão é de que, entre 1999 e 2050, a produção de carne e leite dobre. Consequentemente, o bem-estar animal estará cada vez mais comprometido”, completou.

Além de conscientizar o consumidor, a organização também está dialogando com produtores, governantes e varejistas, em busca de mudanças institucionais que garantam o respeito às necessidades básicas dos animais de produção. A HSI ainda atua em uma porção de outros países, defendendo um série de causas em prol dos bichos, como o fim dos testes em animais e do tráfico de espécies selvagens. Conheça um pouco mais do trabalho da organização aqui.


Daqui.

Um comentário:

O Barba :) disse...

Acho muito digno culpar os consumidores. Afinal, criar leis que determinam limites do bem estar e aplicar fiscalização, além de "custar caro" também está sujeito a corrupção dos fiscais.

Enquanto isto... abatedouros fazem o que querem.