quinta-feira, junho 30

síndrome de peter pan e/ou saturno retornando a toda

e tem uma historinha que roda o mundo em correntes de e-mails atribuída a charles chaplin [e sabe-se lá se é dele mesmo, nunca me preocupei em confirmar] que fala sobre uma vida perfeita correndo ao contrário: velhice, e em seguida fase adulta, adolescência, infância, orgasmo e fim [acredito que todo mundo já tenha lido].
é uma angústia ter tanta certeza de que a plenitude do viver livre, com tranquilidade, despreocupado, leve, quase sem responsabilidades, feliz, está estacionada entre a infância e o início da adolescência da pessoa e que quando a gente chega à fase adulta, fodeu, passou, não tem volta... não estou dizendo que não vivemos essas coisas boas em outras fases, mas atenção à palavra PLENITUDE.

e acho mega gozado quando alguém tenta convencer uma criança de que ela está no melhor momento da vida e ah! se ela soubesse como é chato ser adulto... parece que a gente se vê de tal forma na criança que é quase um diálogo desesperado num espelho do tempo: a gente quer convencer a nossa pessoa em versão criança daquilo que estamos dizendo, pois nos diziam essas mesmas coisas e não dávamos ouvidos. não tínhamos o parâmetro de comparação, nenhuma outra fase da nossa própria vida que pudéssemos botar na balança e checar como aquela lá era boa mesmo! agora que há o parâmetro, não há mais a criança e não há como voltar lá.
mas e quem poderá dizer se é mesmo melhor viver sem ter noção dessas coisas?
acabaríamos vivendo preocupados em verificar se a "plenitude" estava sendo bem aproveitada e estragaríamos tudo?

Um comentário:

O Barba :) disse...

:/