Acordei bem cedinho e fiz, mentalmente, a lista do que tinha para fazer hoje.
- Aula de espanhol na hora do almoço.
- Estudar para a prova de francês à noite (Sim, sou louca, faço os dois ao mesmo tempo e com aulas no mesmo dia. Sim, misturo tudo, cambio les mots frequentemente).
- Academia.
- Resolver uma pendência bancária em um banco que não possui agências próximas nem de casa nem do local de trabalho.
- Levar o cachorro pra tomar banho.
- Separar a papelada para a declaração do imposto de renda.
- Elaborar um plano de estudo para um projeto pessoal a se desenvolver nos próximos meses.
- E claro, trabalhar, normalmente, 8 horas por dia, mesmo horário, batente normal, e tal...
Acho que esse negócio de fazer listas de coisas a fazer é meio que coisa de maluco; mas às vezes, fazer isso é útil principalmente para evidenciar, sem a menor sombra de dúvida, que é impossível querer fazer tudo isso em um dia só. Matematicamente inviável, é só somar os tempos. E aí, ao invés de ficarmos angustiados querendo dar conta de tudo, logo cedo a gente já prioriza, reorganiza o dia, e já sai de casa sem um pingo de ansiedade...
Assim, o banho do cão foi devidamente remarcado para quinta feira, da papelada do imposto de renda eu cuido no fim de semana, a pendência do banco vai continuar pendente até amanhã, paciência, e a academia vai falhar hoje... não há de ser um dia sem esteira que vai fazer tanta diferença assim, afinal. O espanhol permanece na hora certinha, nas horas vagas aproveito para estudar um pouco pra prova de hoje à noite e, sobrando um tempinho, inicio o rascunho para meu projeto pessoal.
Só de rearranjar as coisas assim, já me senti mais disposta para começar o dia. Acho que a maior fonte de stress e aborrecimento acaba sendo essa insanidade de querer lidar com todas as coisas ao mesmo tempo, em prazos humanamente impossíveis e que, ao fim do dia vão nos dar a sensação de fracasso, de coisas não terminadas, mal feitas, de vida sem qualidade. Priorizar é preciso, porque, afinal de contas, não somos duas. E ainda bem, viu. Ser uma só já é um fardo grande demais, às vezes.
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