quinta-feira, março 31

E já que tocamos nesse assunto...


Ok, pessoas. Eu também tenho vááááárias restrições com relação à Preta Gil. Ela é "artista", mas acho que ninguém sabe exatamente de que área, não aceita bem os quilinhos que tem a mais, é um pouco fútil, fala umas bobagens, perde a noção, mas, por outro lado, é fervidíssima, alegre, participativa, tem bloco de carnaval... talvez um símbolo desses tempos de BBB e Facebook, em que todo mundo tem seu público e seus seguidores.

Preta é libertária, corajosa e, pelo menos essa semana, está nos dando um belo exemplo ao peitar o Bolsonaro recusando-se a levar o desaforo pra casa.

No fim das contas, é uma brasileira bem bacana, não é não?


(a foto photoshopada não é acidental. tem a ver com o que ela representa, com nossos tempos de imagem dissociada da realidade, de fama, de poder ser exatamente como queremos ser, independentemente de qualquer outra coisa... assustador e fascinante.)

Ele pode não ter entendido a pergunta. Mas a gente entendeu muito bem a resposta.


Está rendendo a conversa em torno do deputado Jair Bolsonaro e da Preta Gil, não? Já vi o vídeo do CQC algumas vezes e confesso que até agora não consigo acreditar que alguém possa pensar como o deputado e muito menos que tenha coragem de verbalizar esse pensamento.

Preta Gil pergunta o que o deputado faria se um dos filhos dele se casasse ou namorasse com uma negra. A resposta foi que ele não iria discutir promiscuidade com ela. Que ele não corria esse risco porque os filhos dele tinham sido muito bem educados e não viveram em ambientes como lamentavelmente era o dela. Tentando se retratar depois, Bolsonaro saiu com outra barbaridade - disse que não entendeu direito a pergunta. Que entendeu “gay” quando ela disse “negra”. É o fim da picada, mas o fim mesmo!

O episódio serve para demonstrar o quão necessário é a aprovação da lei que criminaliza a homofobia. Preta Gil vai tentar processar Jair Bolsonaro por racismo, ou seja, não fosse a gratuita agressão à Preta absolutamente nada aconteceria porque o racismo já é punido legalmente mas a homofobia não. Com isso, uma parcela de nossa sociedade continua refém de mentes doentias, de gente que não tem o menor respeito às diferenças, de pessoas retrógradas, tacanhas e fascistóides.

Agora, o assustador nessa história é o fato de que o deputado foi eleito por uma parcela significativa dessa mesma sociedade. Não sei quantos votos são necessários para eleger alguém para a Câmara Federal, mas não deve ser pouca coisa. Os filhos de Bolsonaro, Flávio e Carlos, também foram eleitos para Deputado Estadual e Vereador no Rio de Janeiro, respectivamente, o que significa, sim, que o eleitorado da família é forte e fiel. Ao atacar com truculência negros, gays, artistas, a esquerda, Bolsonaro está fazendo aquilo que seu eleitorado espera dele. Pode parecer loucura, mas ele está representando muito bem quem o elegeu, expondo-se pela causa deles, submetendo-se a processos judiciais em nome daquilo em que acreditam seus eleitores. Muito parlamentar muito bem intencionado por aí não faria o mesmo pelos seus representados.

Confesso que nem sei direito o que pensar. Bolsonaro tem que ser punido sim, exemplarmente. Perda de mandato, multa, cadeia, tudo o que puder ser feito. Mas e aí? Ele é punido, mas isso não muda as pessoas que votaram nele. E ainda há o risco de se criar a figura de um injustiçado, um mártir. Tenho visto com muita frequência bobagens do tipo “Orgulho Hetero”, movimentos dos pobres homens brancos heterossexuais, que não tem direitos garantidos como as mulheres, os negros e os gays, movimento para criar o Dia Interncional do Homem, porque a Mulher tem o dela e os direitos tem que ser iguais, e outras bobagens do gênero. Parece bobagem, piadinha, mas no fundo, essas besteiras mostram que muita gente não acredita realmente na igualdade; engole porque precisa, porque não pega bem falar que lugar de mulher é no tanque, porque é feio falar que negro é inferior e que gay devia fazer tratamento pra se curar, mas lá no fundo é isso mesmo o que pensam. Pastores clamam que criminalizar a homofobia seria cercear a liberdade de expressão, e toda essa turba reacionária certamente irá reagir caso algo aconteça com seu porta-voz maior. Ter que aturar Jair Bolsonaro é dose, mas ter que aturar Jair Bolsonaro como vítima do sistema, como coitadinho, seria ainda pior. Como ponto positivo, a enorme repercussão do episódio nos mostra que outra grande parcela da sociedade está mais iluminada, e não admite mais esse tipo de conduta. Como bem disse o Artur Xexéu hoje de manhã, o deputado pode não ter entendido a pergunta da Preta Gil, mas a sociedade entendeu perfeitamente bem a sua resposta.

No fim das contas só nos resta desejar boa sorte à Preta na lide que ela agora tenta iniciar, torcer para que as cabeças de nossos eleitos e juízes se iluminem, nos conformar com o fato de que ainda temos um longo caminho a percorrer e, sempre, estarmos prontos para a briga, sabendo que para não levarmos desaforo pra casa, temos mesmo que matar um leão por dia. Todo dia.

Go Preta!

Loja Granado em BH



A Loja da Granado vai ser no Shopping Pátio Savassi.




Mais um motivo para a Lili vir visitar Belo Horizonte!!!

The Piauí Herald

Conhecem?
Estou me mijando de rir e já faz é tempo.
http://revistapiaui.estadao.com.br/blogs/herald

quarta-feira, março 30

Ao entardecer



Mamãe levou mais um tombo horrível, e está toda inchada, roxa, cheia de curativos. Caiu assim, andando na rua. Ano passado ela quebrou a mão ao cair de um degrau. Aos 72 anos, ela está aos poucos perdendo o controle sobre si mesma. As funções fisiológicas já não obedecem como deveriam, as pernas estão bambas, as costas insistem em doer com qualquer mínimo esforço acima do normal, os olhos estão fracos. O mais triste nisso tudo é que ela é uma mulher lúcida, bem humorada, sociável e bonita. O rosto ainda não tem as marcas de tanta idade, embora os cabelos já estejam brancos.

Meu pai morreu há cinco anos e é admirável a força e a serenidade com que ela superou a perda de seu, provavelmente, único amigo, há mais de 40 anos a seu lado. Ela tinha tudo para seguir em frente, fazer coisas novas, viajar, se permitir novos desafios. Eu sinto que há essa chama dentro dela, mas o corpo não corresponde mais ao emocional. As coisas são complicadas para quem vai envelhecendo nesse mundo. Há obstáculos demais para os velhos. São escadas, embarques remotos, menus dentro de menus nos telefones celulares e nos computadores, muitas teclas a apertar antes de ouvir uma voz humana no telemarketing, regulamentos com letras pequenas demais, distâncias enormes para serem percorridas em estacionamentos, aeroportos, shoppings, e pressa, muita pressa. E com isso, uma mulher lúcida, inteligente, generosa e equilibrada torna-se dependente dos outros. Outros que não têm paciência. Outros que não se preocupam em disfarçar a irritação. Outros que não enxergam a diferença entre o corpo e o cérebro e a tratam como uma criancinha. E assim, experiências permanecem sem serem vividas, cidades sem serem conhecidas, projetos são engavetados, planos cancelados.


Talvez por gostar demais de minha mãe, ou porque eu mesma já não sou mais tão jovenzinha assim, o fato é que ando pensando demais nesse assunto. Coloco-me no lugar de um idoso cada vez que alguém buzina porque eu estou demorando alguns segundos a mais para inserir o cartão na saída do estacionamento. Cada vez que tenho uma sequência de 500 números para anotar para poder pagar uma conta. Cada vez que algum espertinho de alguma seguradora de cartão de crédito liga para tentar me vender mais algum seguro do qual eu não preciso, e dos quais é preciso uma grande dose de grossura para que entendam um “não”. Cada vez que sou informada, por alguém com a dicção terrível, que meu portão de embarque mudou para algum outro a dois quilômetros de distância, devido ao reposicionamento das aeronaves no pátio. Cada vez que me deparo com uma tela “touch screen”.

Nossos idosos caminham devagar e são atropelados por nós, que temos sempre muita pressa. Justo nós, que ainda temos tanto tempo. Justo eles, que já não tem quase nenhum. Deveria ser o inverso, não? Talvez o grande luxo nessa vida seja envelhecer tendo o direito de começar a andar devagar, sem ser atropelados e sem levar tombos. E talvez a chave para conseguirmos isso seja começarmos a desacelerar agora, e tirarmos do rosto a expressão de “enfado-conformado” quando estivermos lidando com nossos velhos, e aprendermos a ouvi-los. No fim das contas, quem acabaria ganhando mais seríamos nós mesmos. Porque poucas coisas confortam mais do que uma palavra certeira vinda de alguém que já passou por tudo, que já viveu muito e que já sabe que, de uma maneira ou de outra, tudo se resolve no seu tempo, e não no tempo que a gente acha que pode imprimir às coisas.

Agora vocês me dão licença que eu vou ali ver se minha mãe trocou os curativos, se tomou os remédios e se precisa de algo. Vou ali deixar que ela cuide de mim enquanto eu me engano achando que sou eu que estou cuidando dela.

a materialização da expressão...

DEU ZEBRA!

Acerte o alvo com o pingolim



BadBoy(aquela marca de energético)lançou um game onde a arma é o pingolim do Homem Vitruviano!!!
É como ter participado e vencido TODAS as edições do BBB, mas na miúda. Quem vai?

eu também escrevo mal, mas não sou profissional.

quem entender primeiro, ganha um doce.

a gente não ganhou nada, nada, nada com a vitória de maria, feministas.

[se não me fiz entender, que se faça explicar. primeiramente, não se trata de um texto contínuo, mas parágrafos independentes com assuntos relacionados. segundamente, trata-se única e exclusivamente da MINHA opinião e em nenhum momento eu quis que parecesse se tratar da verdade absoluta... se quer se trata da opinião dos outros blogueiros desta casa. não, eu não sou feminista, nem estou tentando me incluir no grupo.]

eu tenho pavor de gente piranha. e quando eu digo "gente", falo sobre homens E sobre mulheres. lili, isso deve ser um desejo reprimido de ser, você mesma, uma piranha. deve ser, pode ser, quem sabe? QUEM SABE? minha mãe, freud, meu melhor amigo, a sociedade machista, o bial, ...?

[eu acredito que ninguém seja obrigado a aplaudir todos os diferentes comportamentos dos seres humanos. crítica todo mundo faz e todo mundo recebe. opinião cada um constrói a sua, de acordo com vários aspectos e análises particulares]

eu gostaria de saber por que a declaração "homem galinha é um horror" é muito bem aceita na rodinha, enquanto a declaração "mulher galinha é um horror" é coisa de machista filha da puta. quem sabe esta resposta? minha mãe, freud, meu melhor amigo, a sociedade feminista, o bial?

[minha pergunta aí em cima é genuína. se existem tanto homens, quanto mulheres com este comportamento e se tanto um quanto outro é passível de receber críticas, por que a gente vê uma agressividade/um absurdo muito maior quando é direcionado às mulheres? me parece que com isso a gente automaticamente assume o posto de sexo frágil e consequentemente alimenta o machismo.]

oi?

meus senhores, vamos nos localizar: ano de 2011, véspera do fim do mundo. tudo é permitido... só tem um porém: mostrar os peitos e a perereca na TV, pode; agora, mostrar pingolim não pode, pois é risco de antecipar o armagedon. por que mostrar os peitos, a perereca, ou mostrar que é piranha mesmo e foda-se o mundo, é ser mulher de verdade, saca? é ser autêntica, feminina, sem tabus, sem preconceitos, é queimar o sutiã, é ser foda pra caralho!!!

[eu enxergo esta superexposição do corpo feminino como um apelo masculino prontamente atendido. também pode ser vista como uma grande manifestação da libertação feminina, uma questão cultural de pura e simples admiração do corpo feminino, uma falta de demanda para a exibição do corpo masculino - que poderia gerar uma equivalência nas exposições - e várias outras coisas que não foram mencionadas nos comentários, mas EU vejo simplesmente como uma superexposição desnecessária que dá corda para o machismo. minha opinião, friso.]

eu, que não sou gay, já vi tantos peitos e pererecas nesta vida de espectadora que já perdi a conta. pingolim só me lembro de uns 3... aliás, sempre um choque. me recordo inclusive de um espetáculo teatral em que o pessoal se levantava e ia embora indignado ao ver um pingolim! MULHERES inclusas. enquanto era a atriz que estava peladinha, tudo bem, por que, em geral, peitos e perereca agradam a visão masculina. e pingolim, em geral, quem gosta de espiar são as mulheres. homem heterossexual acha a gota e vai embora. então, na luta contra o machismo e pela liberdade feminina, a gente faz o que? mostra os peitos e a perereca! \o/ alguém entende essa? mãe?

[idem ao comentário anterior]

mas afinal, queremos mais pingolins ou menos pererecas?

mas mudando de assunto, como é impossível definir uma pessoa em um único adjetivo, como espectadora eu digo que, dentre as mulheres da casa, eu gostava muito de diana, de natália, de talula, de paulinha e de jaqueline, exatamente nesta ordem. diana e talula no topo da beleza física. paulinha e jaqueline no topo da auto-estima em dia. natália e diana no topo do que mais se aproxima do "ser uma mulher foda e autêntica". tudo isso NO MEU modo de ver. maria? continuo achando uma boboca. bonita, sim, muito bonita. auto-estima em dia? bastante, mas contestável em vários momentos com o sr. maurício. piranha? pelo fato de ter beijado dois caras na casa? diana só não beijou o coqueiro e não tinha NADA de piranha. pelas roupas? jaqueline e talula não se vestiam de maneira muito diferente e não tinham nada de piranhas...

[agora sim, falando sobre maria. o que eu quis dizer, é que muitos outros lá dentro da casa do BBB tiveram comportamentos e apresentavam características passíveis de discriminação pelo público, incluindo a maria. mas, se daniel ganhasse, por exemplo, sua vitória certamente não seria tratada como bandeira para a luta contra a homofobia ou a superação do preconceito contra um cara que faz muita merda... seria a vitória de um cara bonzinho, com um projeto social para sustentar. da mesma forma, não acho que a vitória de maria representa qualquer vitória contra qualquer tipo de preconceito. é apenas a vitória de uma garota muito parecida com diversas outras garotas que já passaram pelo programa, mas que não tiveram a manha de criar o diferencial de maria: a novelinha que o público se envolveu. qualquer uma que estivesse no lugar dela, venceria. além disso ela é uma garota com carisma, como muitos outros, que se veste de uma determinada forma, semelhante a muitas outras, que beijou mais de um cara na casa, como muitas outras... mas infelizmente é o modelo de figura mais encontrado aqui no mundo real. peguei como exemplo a tal da sabrina sato: boboca, gostosa, enfiada no programa mais machista da TV brasileira, com a única função de exibir o quanto é boboca e gostosa. quero muito estar errada a respeito de maria, mas duvido muito que ela não irá se tornar a próxima sabrina sato. em pouco tempo a gente vai saber. aguardemos.]

mas mudando de assunto, vocês viram o ensaio de talula + rodrigo para o site paparazzo? uau.

[ah! uma mulher e um homem, num ensaio sensual! eu acho muito bacana.]

Atonement


Veja o filme

Leia o livro
Ouça a trilha sonora



Deslumbre-se

Apaixone-se

Surpreenda-se

Emocione-se
Só não perca. Por nada.

terça-feira, março 29

PEDIDO URGENTE!!!

Quem poderia ajudar o namorado O Barba a encontrar um lugar para morar em Brasília, hum? A pessoa está precisando de uma kit ou dividir um apartamento, NO PLANO PILOTO. A gente está dispensando links de imobiliárias por que isso já mandaram aos montes. O negócio é, tipo, pra ONTEM. Quem? Quem? Escreva pra mim lilicheveuxdefeu@yahoo.com.br Beijos.

Não sou a Bethania nem a Lili, mas se me permitem dizer...

Adorei ver Drummond aqui, tão delicadamente postado pela Lili, diás atrás. Um carinho para os leitores. Hoje, então, vou retribuir o mimo com Drummond também, porque tem dias que, na falta de consolo, só o lirismo e o humor nos salvam mesmo.



Consolo na Praia

Vamos, não chores.
A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.

O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.

Perdeste o melhor amigo.
Não tentaste qualquer viagem.
Não possuis carro, navio, terra.
Mas tens um cão.

Algumas palavras duras,
em voz mansa, te golpearam.
Nunca, nunca cicatrizam.
Mas, e o humour?

A injustiça não se resolve.
À sombra do mundo errado
murmuraste um protesto tímido.
Mas virão outros.

Tudo somado, devias
precipitar-te, de vez, nas águas.
Estás nu na areia, no vento...
Dorme, meu filho.

meus 3 prediletíssimos!!!





a picadilly é uma empresa que respeita os animais e não utiliza couro nos seus produtos [que continuam lindos, confortáveis e duráveis, sem crueldade].

uso e apoio a marca.

Estranhamente criativo e incrivelmente belo.


segunda-feira, março 28

E quem merece o prêmio de 1 milhão e meio de reais é...

DANIEL!!!

O cara que sobreviveu por mais tempo à voz da Maria!!!

*

Até por que se aquela anta ganhar, o máximo que vai conseguir fazer com a grana é um filminho pornô com uma produção melhor.
E se o médico ganhar, idem. Idem para a Maria, no caso.

*

Agora pensa naquela mulher gemendo... Tu se deita com a Maria e acha que tá transando com a Ariadna.

*

E eu me perguntei tanto ontem à noite: Senhor, já teve falha em tudo quanto é prova, então por que este videoke não quebra???

*

Diana foi embora - e de mãos abanando, tadinha. E a gente pensando que o BBB 11 não poderia ficar pior...

*

Lady Di!!!! Enfia suas rôpa tuda num saco e manda aqui pra casa, valeu? Eu torci por você até o fim!

Placas pelo Brasil afora...

Porque rir rejuvelhece, amores!!













pesadelo

Sabe quando você é criança e assiste a um filme de terror que envolve animais? Tipo, Tubarão (na minha época foi o máximo!)e daí você fica com medo do bicho aparecer nos lugares mais estranhos??? Pois não é que a coisa acontece na vida real?

Uma pobre menina achou isso aí dentro do banheiro!!!!



Horror total!!!!!

Daqui

L'addition, si vous plaît!

Adoro o blog do Marcelo Katsuki. Sabe viver e comer bem, o danado. Moi, não sei se vocês sabem, além de ser uma apaixonada pela boa gastronomia, gosto muito de manejar umas panelas de vez em quando, e as dicas e aventuras do Marcelo são sempre inspiradoras. Entre outras curiosidades, acabei descobrindo que ano passado, sem saber, cheri e eu tomamos unes pressions na calçada de um dos bares mais descolados de Paris, o La Perle. Lembro direitinho da simpática garçonete inglesa que sabia falar português, do vai-e-vem dos beuax garçons do Marais, mas nunca poderia imaginar que o lugar era fervidíssimo e frequentado por Galliano e Lea T.. E eu na maior inocência sem saber de nada... nem me montei de acordo, viu. Droga!

Mas o que me chamou mesmo a atenção hoje, na leitura do blog do Katsuki não tem nada de frescura e savoir vivre, amores... mas sim, os preços estratosféricos que temos pago por tudo aqui no Brasil. Bares, restaurantes, parece que todo mundo perdeu a mão e enlouqueceu de vez. Na foto acima, a addition mostra o valor de uma taça de petit chablis (suspiros): 4.70 euros, algo em torno de R$11.00. Aqui, uma taça de vinho não identificado não sai por menos de R$17.00 em qualquer restaurante mais ou menos. Uma refeição completa no L’Ardoise, bistrô da moda em pleno Louvre, sai por 35 euros (por refeição completa entenda-se, normalmente, entrada, prato principal e taça de vinho. Água é oferecida em jarrinhas como cortesia ao cliente e dependendo do lugar o couvertzinho de pão quentinho com manteiga (mais suspiros) também não é cobrado). Aqui, tem muito lugar que já está tendo o displante de cobrar R$80.00, R$90.00 por um prato à base de carne. E são lugares, em sua grande maioria, amadores, com serviço sofrível, instalações mais ou menos, muitas vezes sem a menor condição de atender bem ao comensal. Muita presunção e pouco profissionalismo. Sentar em qualquer botequim para uns chopes com aperitivos já significa, fácil, fácil, uma continha de mais de R$ 50.00 por cabeça. Claro que não estou falando de restaurantes top, de chefs estrelados, que são caros mesmo, e nem de restaurantes self-service, populares, que quebram o maior galho no dia-a-dia (e mesmo esses já estão pela hora da morte, vamos reconhecer!). Me refiro a bons restaurantes, de boa comida e que deveriam ter preços mais honestos. É inacreditável, mas uma refeição de sonho em Paris está saindo mais barato do que um PF no Brasil.


Pode? Não pode, né gente...

Vida de Cachorro





Essa fofura aí de cima é o Boo, o Lulu da Pomerânia considerado o filhotinho mais bonito do mundo. Boo tem um perfil no facebook, e está próximo de bater a marca de um milhão de seguidores.

Realmente é a coisa mais linda desse mundo. Mas é claro que isso para ele não faz a menor diferença. E o milhão de seguidores também não significa absolutamente nada. Certamente Boo seria mais feliz se fosse um pouco mais sujinho, menos arrumadinho e menos fofo. Certamente estaria melhor se não tivesse que se produzir tanto para seus seguidores no facebook.

Embora a compulsão pela fama e pela exposição já esteja extrapolando todos os limites do razoável e do tolerável, particularmente acho que cada um faz com si mesmo e com sua própria imagem o que bem entende. Mas será que temos o direito de transferir nossas neuroses, vaidades e obsessões para nossos animais? Fazer isso com o bichinho não seria também uma forma de crueldade como o abandono e os maus tratos?


Será que não estamos indo longe demais, não?

domingo, março 27

Rah, rah... ah, ah, ah. Roma, romamah. Gaga, oh la lah. Want your bad ro-maance...


Às 19h00 eu saí do trabalho e fui direto carregar pesos. Quarenta minutos, trinta agachamentos, vinte afundos, duas séries na cadeira flexora, mais duas na extensora e cinco quilômetros na ergométrica depois, inundada de serotonina, superenergizada, o banho geladinho, a escolha do modelinho fresquinho, casual, próprio para uma noite divertida, e eu estava pronta.

Às 21h15, leve que nem uma pluma, a chegada em uma mesa animada, onde gente fina, elegante e sincera comemorava o aniversário de uma amiga muito querida. Katia escolheu aquele lugarzinho, gostoso e descoladinho, com comidinhas e bebidinhas ótimas. Drink de rum, limão e morango geladinho na mão, pessoas engraçadíssimas, histórias bem loucas e a noite passa, suave, aveludada, cintilante!

O grupo remanescente, já depois de 00h00, anima para uma esticada na boite (escrever boite sempre me lembra Nazaré - a Tedesco: Gente Ignorante! A gente fala BUATE, mas escreve BOITE !!! Mooro de rir - minha Cruela preferida).

01h30 da manhã, Rose Foncée está cercada de amigos, na casa noturna lotada, dançando muito, bebendo mais um tiquinho, vendo as pessoas loucas de alegria, meninas lindas, meninos lindos, tipos que a gente não costuma ver andando pela rua normalmente. Música altíssima reverberando na caixa torácica, as luzes e o suor fazendo as pessoas parecerem mais bonitas do que realmente são, gente se beijando, gente pulando, gente performática, gente perdendo a linha, gente rindo, gente se divertindo loucamente, loucamente!

Ás 03h00 uma drag linda de morrer começa a dublar Lady Gaga, cercada de gogo boys gostosões. Delírio na casa noturna. A performance termina com a diva pendurada em um trapézio, toda ensanguentada, dramática. É muito suco de tomate, meus amores, muita bloody mary...

Ás 04h15, eu e cheri sentamos em um banquinho na calçada perto de casa, moorrrtos, cada um com sua canequinha de caldo na mão. Canja para mim, legumes para cheri. O restaurantezinho é nosso velho conhecido e serve os caldinhos a madrugada inteira... uma delícia, e a melhor coisa a se fazer antes de cair na cama, exaustos.

Sábado, eu só acordei ao meio dia. Relaxada, passando na mente os compromissos do dia. Comprinhas a fazer, dentista às 14h00, loucinha de ontem que ficou na pia para lavar... tudo devagar, com preguiça, a caneca de café fumegante na mão. Não há a menor pressa. O fim de semana está só começando e eu tenho muito tempo. Tempo de sobra. Tempo demais.

sábado, março 26

Adele...

Pessoas, primeiro quero registrar que nada do que eu digo tem fundo científico, ok? São apenas informações reunidas por alguém que gosta de fuçar esse assunto, ok?
Daí que, vamos lá tentar ajudar a Adele a não assustar a parentada.

Adele, primeiramente, muitas coisas que você menciona sobre sua aparência, são sonhos de consumo da galera: peitos, bunda e cintura fina. Muita gente se enfia numa mesa de cirurgia para conseguir essas coisas que a natureza já lhe deu de bandeja. Então, bóra humilhar a galera mostrando o que você tem de melhor, ok?

Selecionei algumas imagens de roupas que eu tenho certeza, ficarão interessantes em você. Veja lá.

Não há nada mais conhecido como um bom truque para alongar a silhueta e disfarçar os quilinhos a mais, que as listras verticais. E elas funcionam MESMO. Neste vestidinho (que tem cores lindas e SIM, gordinhas também podem usar cores!) além do truque das listras, temos um modelo transpassado que também é uma ótima dica: vai marcar sua cintura, destacar o seu colo, a manguinha dá uma acobertada no braço (que é gordinho também, ?) só não deixe a manga ficar grudada, explodindo o seu braço. O comprimento dele é ótimo e cai como uma saia evasê, que já foi dica para a Anônima com quadril largo.

Você já é alta, tem 1,74, mas se curtir um salto, prefira os mais grossos, até por uma questão de saúde. Com o salto você vai alongar mais ainda a silhueta e arrasar.





Outro vestido transpassado que eu achei lindo, este com mangas longas, colorido, fresquinho, super romântico... Só não se esqueça: não deixe que a manga fique muito grudada!

Mais um modelinho decote V para destacar o colo e passear pela quentura do Rio de Janeiro. Este modelo eu achei espetacular, não é não?




Já as calças, prefira as escuras, com corte reto e até mesmo as leggings, essa última usada com uma blusinha que cubra o quadril. Outra coisa que eu acho o máximo para afinar o corpo e é super moderno, são os coletes soltinhos.... Veja só como a mesma moça, na primeira produção conseguiu engordar uns 15kg, enquando na segunda, com legging, salto, blusinha soltinha cobrindo o quadril e manga também bem soltinha + o colete, emagreceu outros 20kg! Blusinha clara por baixo e colete escuro por cima, sempre.



Um último look bacana, com blusinha estampada (pode abusar das estampas, em especial as miúdas) saia alta e um cintão para marcar mais ainda essa cintura e desmaiar a mulherada de inveja.

Ah! E não se esqueça do maiô bafônico, já que está indo ao Rio de Janeiro. Bota essa pin-up para fora e arrase!

Beijos querida! E me conta se gostou do post, está bem?

sexta-feira, março 25

Uma qualquer


Parei o carro longe e tive que atravessar uma passagem de pedestres subterrânea para chegar ao trabalho. Tarde ameaçando chuva, calçadas quebradas, paredes imundas, camelôs vendendo coisas ordinárias, meninos com olhos parados e sem brilho amontoados em cantos, cheiro de urina e muita, muita gente passando. Gente maltratada, gente de roupas baratas, gente humilde, muito simples. Montes e montes de gente. Fiz o caminho devagar, procurando prestar atenção na cidade mal cuidada tão diferente da minha, embora seja a mesma. Sorri para as pessoas no caminho, e na maioria das vezes recebi sorrisos de volta.

Às vezes eu faço isso. Pego um ônibus lotado na hora do rush. Uso uma passarela pública para atravessar uma rua movimentada. Puxo conversa com algum morador de rua. Compro alguma coisa em algum quiosque desses que vendem tudo muito barato, nas áreas mais populares das zonas centrais das cidades. Faço isso não para reforçar o velho discurso da nossa classe média moderninha que fica indignada e depois propaga sua revolta em altos brados para a turminha da degustação de vinhos das quintas feiras. Pelo contrário. Faço para, de vez em quando, lembrar quem eu sou de verdade e me colocar no meu devido lugar. Sou uma pessoa, um amontoado de moléculas, um acidente biogenético exatamente igual a qualquer outra pessoa nesse planeta. Faço por mim. Para não ficar tempo demais me queixando por bobagens, me sentindo infeliz porque a chuva desmanchou meu cabelo, porque a carne servida no restaurante passou do ponto, porque o trânsito estava ruim e eu levei 20 minutos ao invés dos 15 costumeiros para chegar, porque a internet saiu do ar, porque um objeto qualquer foi perdido ou quebrado. Faço para me lembrar que enquanto eu estou indignada porque alguém colocou um postinho com saquinhos para cocô de cachorro no meu caminho arborizado e limpo, centenas de pessoas estão espremidas dentro de um ônibus sujo, ainda longe, longe de casa. Que enquanto eu esbravejo por ter que ir à farmácia na esquina comprar uma aspirina que acabou, alguém está em alguma fila, esperando algum milagre para conseguir algum remédio para alguma doença muito séria, e essa pessoa daria pulos de felicidade se alguém dissesse que ela pode ir buscar o remédio em alguma farmácia que ficasse a 1000 quilômetros de distância. Faço para parar de vez em quando e diferenciar o que é necessidade do que é vontade. Para me sentir feliz não pelo que tenho, mas pela consciência de fazer parte, de ser pequena, de que não se pode parar. Eu consigo sentir o mundo girando nessas horas. Como se eu o estivesse impulsionando com os meus pés, e exatamente por isso, não existisse a menor possibilidade de parar de caminhar.

Estranhamente, não é nos momentos de grandes conquistas, aquisições ou tranquilidade que eu me sinto mais feliz. São as horas em que eu me misturo, em que eu corro, em que eu me sinto igual a todo mundo, integrada, em que eu ando por esses lugares que as pessoas se acostumaram a chamar de sujos e perigosos, que me trazem maior plenitude. Sou feliz quando consigo fazer parte desse turbilhão de gente de sonhos modestos, hábitos simples, maus modos e sorrisos fáceis. Quando sou só mais uma no turbilhão da cidade. Uma mulher comum. Uma qualquer.

Não deixe de perder!


A promoção é muito simples: traga R$ 10,00 e ganhe O Mordomo do FDD com R$ 100,00 no bolso. Não aceitamos devoluções.
[Onde já se viu falar que mulher tem TPM? #emdefesaderosefoncee]

Hora do Planeta

Amanhã é dia de apagar todas as luzes!

"O evento é um ato simbólico, promovido pela WWF, pelo qual governos, empresas e a população demonstram sua preocupação com as mudanças climáticas. O gesto simples de apagar as luzes por 60 minutos tem o significado de chamar para uma reflexão sobre a questão ambiental.

No Brasil, a Hora do Planeta é promovida pelo terceiro ano consecutivo. Ano passado, o evento reuniu mais de 1 bilhão de pessoas, em 4.200 cidades de 125 países. Monumentos como o Cristo Redentor, a Torre Eiffel, a London Eye, a Fontana de Trevi e o Empire State e mais 1.378 ícones mundiais também ficaram no escuro por 60 minutos."

O site Hora do Planeta é bem bacana!! Lá você encontra informações, material de todos os tipos para participar (desde material impresso à vinhetas de rádio), depoimentos e até um jogo de tabuleiro para download!

O vídeo oficial é bem bacana e faz arrepiar!



Eu já preparei o despertador com um lembrete para não esquecer de participar!

É muita simpatia. É muita finesse. É muito bom humor.


Ao lado da alameda no meu caminho para a academia, os moradores dos prédios próximos instalaram uma espécie de postinho, com uma caixinha com sacolinhas plásticas enroladas na ponta. É uma geringonça em que a gente vai lá e puxa um saquinho para recolher o cocô dos nossos cachorros, caso eles resolvam fazer as necessidades na rua. Na caixinha está escrito:

“Colabore com a limpeza e recolha a sujeita do seu animal de estimação. Irracional é o cão.”

Não sei vocês, mas eu, particularmente achei completamente desnecessária essa frase final. Por que uma iniciativa que pode até ser bacana tem que ser tão antipática? Não dá pra conversar com jeito, dar o recado de forma simpática, sem ter que usar de ironia, ou ter que dar uma patada nas pessoas? Além disso, claro que não acho que devamos levar nossos cachorrinhos para fazer cocô na rua, mas o local ali é cheio de grama, árvores, canteiros... não sei se é tão pior assim um cocôzinho de cachorro no pé de uma árvore, onde ele vai virar adubo, do que tirar um saco plástico inteiro (é desses que a gente usa para pegar limão no supermercado, tive a curiosidade de ir lá ver...) para recolher duas bolotinhas da grama... de qualquer forma, isso é outro assunto, o que me chamou a atenção mesmo foi a grosseria do recado. “Irracional é o cão” - coisa mais feia.

Sempre imaginei que essas iniciativas fossem para tornar o lugar onde a gente vive um pouco melhor. Ruas cheias de lixo e de cocô de cachorro certamente são horríveis, mas, no conjunto, postinhos de mau gosto fincados em volta das nossas calçadas e árvores também são, não é? Ainda mais colocados por particulares em lugares públicos. No fim, o que torna um lugar agradável é todo um conjunto de fatores, e não adianta nada consertar uma coisa estragando outra, vocês não acham? Pior que uma eventual sujeirinha na rua é um monte de cara feia, azeda e plaquinhas bregas dando recados mal educados a todos o que passam pela rua, independentemente de terem cachorro ou não.

Ou estou sendo muito chata e sensível??

Lamento periferia...



Cheese Cake de chocolate Godiva. Eu já comi a melhor coisa que existe no mundo.
xxxxxxxxx

Beijos e fui me candidatar a uma vaga lá na Cheese Cake Factory. Chega de lavar calcinha em um lugar que não me dão o devido valor. Chega da escravidão de limpar 432 gaiolas de cachorros da dona Lili, de assar pão de queijo 3 vezes ao dia para dona Marie e ficar arrumando mala para do Dona Rose.

Vou trabalhar em troca de um salário de Cheese Cake.

xxxxxxxxx

Não sou a Bethania, mas se me permitem dizer...

Verdade

A porta da verdade estava aberta,
mas só deixava passar
meia pessoa de cada vez.

Assim não era possível atingir toda a verdade,
porque a meia pessoa que entrava
só trazia o perfil de meia verdade.
E sua segunda metade
voltava igualmente com meio perfil.
E os meios perfis não coincidiam.

Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta.
Chegaram ao lugar luminoso
onde a verdade esplendia seus fogos.
Era dividida em metades
diferentes uma da outra.

Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
Nenhuma das duas era totalmente bela.
E carecia optar. Cada um optou conforme
seu capricho, sua ilusão, sua miopia.

Carlor Drummond de Andrade

Maria Fernanda


Jornalista, especialista em finanças empresariais e gestão pública e em administração, Maria Fernanda Ramos Coelho entrou para a Caixa Econômica Federal em 1984 e era superintendente de desenvolvimento e estratégia empresarial (cargo de terceiro escalão) quando, contrariando todas as expectativas, tornou-se a primeira mulher a presidir a casa, em 2006. Atravessou crises, enfrentou processos, escândalos, investigações, sempre com firmeza, competência e profissionalismo.

Agora, essa pernambucana rebelde e durona de 49 anos (tá bem ela, não?) deixa a Caixa e prepara as malas e nécessaires rumo a Washington, para representar o Brasil no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Acho o máximo!

Vai lá e arrasa, Fernanda!