Eu não fecho mais triângulos. Nem inconscientemente. Um dos lados sempre termina arrebentado. Ou todos, a depender do nível de perversão psíquico. Só conheço um triângulo amoroso com potencialidades de dar certo e todo mundo ser feliz pra sempre. Um triângulo que pode se transformar em quadrado, hexágono ou nos Jolie-Pitt. Só quem tem uma mãe que sempre consegue amar mais um é que conhece a divisão que acrescenta.
Acho tão esquisito que hajam tão poucos estudos psicanalíticos a respeito das relações entre irmãos. É talvez o laço mais importante que criamos na vida em prol de nos tornarmos pessoas generosas. Ensina a perder sem diminuir o adversário, a ganhar sem tribudiar sobre o adversário, a abrir mão para ganhar e a disputar para perder. Ensina a lidar com a inveja quando ela vem junto com amor no peito de quem sente e no peito de quem é atingido por ela. Ensina a lidar com a competitividade quando ela vem junto com amor no peito de quem começa a disputa e de quem termina com ela. O relacionamento entre irmãos ensina o peão a conviver e a amar o diferente antes mesmo de ele se saber gente.
terça-feira, junho 1
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5 comentários:
ou não.
marcelo, nessa minha cabeça oca, criança é massinha de modelar. vai daí que quase tudo depende de quem tá brincando de ser modelador. quase tudo.
criança cresce.
adorei!!!!clau
Não fui modelada para ser o que sou. Quem me fez queria algo diferente. Sou o que estou me tornando e gostaria de, um dia, prescindir de ser qualquer coisa.
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