"O homem que faz fiu-fiu pertence antes à linhagem de estupradores, carcereiros e algozes, apenas a empatia incondicional e acrítica pelas mulheres será capaz de fazer justiça a ambos: homens e mulheres, fixados em sua condição de violadores e violadas. Não há nuances, não há educação possível que estabeleça os limites entre elogio, flerte, convite e agressão, não há - não pode haver - complexidade, não há espaço para o aperfeiçoamento das dinâmicas entre adultos andando pelas ruas, olhando e querendo-se uns aos outros. Na dúvida, represe-se toda interação com teor sexual para que as mulheres, em sua fragilidade, estejam resguardadas. A sensação de insegurança e a certeza de que o olhar e a palavra do outro são absolutamente destruidores não precisam ser problematizadas, não precisam ser trazidas à luz e análise para que se perceba o que é demanda política, o que é questão individual."
Daqui.
quinta-feira, setembro 12
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2 comentários:
Existe sim, Madame Lili, ainda bem...adorei!
Lili, eu gostei muito dos textos do Fur Sie. O único senão foi que achei um certo ranço acadêmico na escrita, sabe? Ao ler nos deparamos com termos como "praxe depoimentista", "opressão historicamente estabelecida". De resto, excelente.
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