sábado, agosto 24

A arte de dar "uma de Migué"

Dicionário informal:
Dar uma de Migué; dar um migué; ou simplesmente migué

Se fazer de desentendido para tirar vantagem de uma situação; usar de uma desculpa esfarrapada para se beneficiar.

Atire o primeiro grampeador ou peso de papel quem nunca deu um miguézinho no escritório, mas vamos combinar que ninguém é besta. Muito menos eu, dá um trabalho homérico fazer esse nó na gravata borboleta.


Tem uma tia que trabalha comigo no escritório, a "véia" deve ter Ph.D, formada com honra ao mérito, na arte do migué. É sagrado, horário de trabalho dessa mulher vai de segunda a sexta, até a hora do almoço e só. Toda a sexta a tarde acontece alguma coisa: gripe, dente do siso, irmã mais velha que teve um infarto (sim, já usou todas essas desculpas)... mas o mais comum é gripe mesmo. O que me incomoda não é fato dela sair mais cedo, até porque, ainda bem, meu trabalho não depende do dela, mas me irrita o fato dela achar que todo mundo é otário e acredita que toda sexta ela tem um problema sério pra resolver e some do escritório.

Essa vez do dente do siso era caso grave, sabe... precisava tirar uma radiografia panorâmica com raios gama no laboratório da Nasa, então deu umas horas lá, escafedeu-se. Precisei sair pra rua fazer uns serviços externos, passei em frente um bar, tava lá a lindona tomando um chopp geladinho com o marido. Estacionei o carro um pouco pra frente, peguei o celular e liguei:

- Tia, deu tudo certo com a radiografia? Fiquei preocupado.... (mentira, quero mais que se lasque)
- Ah, então, deu tudo certo sim... ai... mas sabe, tá doendo ainda... ai....
- Hum... e esse chopp é pra anestesiar um pouco e parar a dor?
- Que chopp?!?!?
- Esse que a senhora tá tomando com o Tio, no bar tal...
- Onde você tá, filho da p*ta????!!!?
- Fica me devendo essa! Tchau.

E foi assim que eu conseguir emendar um feriado de quinta com a sexta; e sabendo que a tia não poderia abrir o bico.

Pensa que eu sou besta? Nada, sou uma besta de estirpe.

sábado, agosto 10

I am here

É claro que a primeira pessoa que vem à cabeça quando a gente vê isso é Lili, né. Uma linda iniciativa que merece ser divulgada.
Estou indo ali realizar um sonho de viagem de férias e já volto [em Setembro]. Na volta eu conto tudo.

Beijos!

sexta-feira, agosto 9

A música velha nossa de cada dia nos dai hoje

Fui numa festa outra dia, daquelas festinhas-motel, onde cada um leva o que come (mas acaba comendo também o que os outros levaram).... sim, a criadagem faz festa, e não, eu não gosto de croquete nem de cajuzinho.

Sei que por fim esqueceram de providenciar música, chegaram em mim:
- Viu, por acaso você tem alguma MP3 aí?
- Devo ter um pendrive no carro.
- Mas é de música recente ou é da tua idade????
- Da idade em que a tua mãe ainda não era mal falada, filho da Eny Cezário!

Segue amostra do que tinha na coletânea.
Eu sou apaixonado por essas bandas anos 70/80, pode me chamar de velho, coletânea naftalina, ouvido quadrado, nem ligo. I <3 Heart.







quarta-feira, agosto 7

Hoje tá difícil...

A gente acessa a homepage de um grande portal brasileiro e já dá de cara com a foto de um elefante morto na Índia - atropelado por um trem. A intenção é boa - parece que a notícia é sobre o ritual de despedida dos indianos. Não tenho coragem de entrar porque não aguentaria olhar para aquela foto por muito tempo. Um pouco mais abaixo, a chamada para um vídeo em que um demente, imbecil, filhodaputa, inqualificável, cretino, monstro, explode a cadelinha de uma ex namorada. A chamada mostra a imagem de uma linda labradorazinha. E É ÓBVIO que não tenho a menor condição de ver um vídeo desses - aliás, não sei porque uma coisa dessas é publicada, divulgada, com imagens ainda por cima. Sério, é pra acabar com o dia logo de manhã, viu...

terça-feira, agosto 6

Saudade

Cheri está viajando. Aproveitou as férias pra fazer um curso rápido de francês em Montpellier. Alto verão no sul da França, dias que se prolongam até as 22h, turmas animadas com espanhóis, alemães, russos, suíços... cidade estudantil, clima jovem, lindas praias no Mediterrâneo... Dessa vez não pude ir, meu período de férias do ano já foi inteiro usado pra resolver questões de família, problemas particulares. E desde a partida – sábado passado – alguma coisa me incomoda, está ali dentro, algo que eu não sei explicar direito. Não, não é a vontade de também estar lá comendo queijo de cabra, conhecendo vilinhas medievais, aproveitando as delícias de um típico verão europeu. Acho que é o fato de ele estar fazendo isso tudo sozinho. Desde que estamos juntos que nossas viagens são planejadas, cada detalhe é organizado, cada passo, cada passeio, tudo. E o que eu percebi é que, desde então, cada lugar que eu conheço sozinha não tem a mesma graça. Parece que o prazer da descoberta fica incompleto, as fotos ficam sem graça, não se tem com quem falar depois, comentar, relembrar, reviver cada dia, cada momento, inúmeras vezes, diante de olhos que brilham a cada vez que rememoramos em conjunto nossas férias. A verdade é que cada lugar que um conhece sem o outro parece que abre um pequeno abismo entre a gente. Cria-se um imaginário particular, não compartilhado, não plenamente vivido. Tenho certeza que ele está se divertindo. E é claro que eu gostaria de estar lá, tomando vinho branco gelado nas noites com sol, me enchendo de macarons, conhecendo gente nova, descobrindo diferenças culturais, pegando trem pra ir à praia... mas não é essa a fonte principal da angústia. Ao fim, é o não caber das experiências dentro da gente. A construção – no outro – de um edifício sem a nossa participação. Saber que eu precisaria estar lá porque só eu conseguiria tirar a melhor foto dele, só eu conheço o ângulo mais favorável, o enquadramento que ele gosta. E porque há prazeres que só fazem sentido entre nós dois – voltar altinhos pro hotel de madrugada fotografando janelas iluminadas; descansar no fim da tarde depois de um dia cansativo, antes de jantar; incluir a dose certa de improviso no meio do planejamento; sair sem mapa e caminhar à esmo de vez em quanto. É provável que ele nem sinta isso dessa forma. Mas, para mim, o que estou percebendo é que, indo ou ficando, tudo tem mais graça quando é compartilhado com quem a gente escolheu pra dividir a vida. Mesmo assim, espero que ele aproveite cada minuto – e que volte mais feliz, bronzeado, cheio de novos amigos, imagens e sensações gravadas na memória e histórias pra contar. Mesmo que sejam poucos dias – estou morrendo de saudades do meu amor.

domingo, agosto 4

Alex Beaupain



Bem sei que tá longe de ser o tipo pelo qual tod@s suspiram. Nâo é gostosão. Não é lindo de morrer. Mas ai, gente, posso falar? Mon type de mec!!!
Eu ficaria vendo ele cantar indeinidamente, viu...
(suspiros)

sábado, agosto 3

Meninas!

A Renner está vendendo todos os cachecóis, golas, lenços e afins que custavam R$ 59,90 por R$ 9,90! Corram.