na segunda eu aluguei um carro em POA e quando fui devolver vi que o marcador de combustível estava estragado. Não baixou o ponteiro. Poderia devolver assim mesmo, foi meu primeiro pensamento, sem encher o tanque. Acabei passando no posto e completei, mas tô há dois dias de mal comigo. Porque o primeiro pensamento não deveria ser o de passar a perna, lubridiar, enganar ninguém.
E assim a gente vai, reclamando que os outros não são honestos, que os outros não prestam, que nada vai pra frente, mas quando os outros são a gente, é um choque de realidade tão grande e tão complexo que tem que repensar. Que nossos pequenos delitos não são menos graves que os delitos dos outros. Nem mais justificáveis. Mudo eu, para poder pedir para o outro mudar. Ou não muda ninguém. E ficamos na mesma.
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11 comentários:
Nem pensar em fazer nada errado... Só uma pessoa muito inocente, que não sabe nada, não conhece nada. Nem as crianças são assim, nesse mundo de hoje em dia.
Eu acho que saber que pode passar a perna em alguém e escolher fazer o certo muito legal.
O pior é que pra algumas pessoas é tão normal ludibriar os outros, que, nesse caso, já é automático, nem pensa que tá prejudicando alguém, nem tem consciência mais.
Adelaide,
discordo muito de você, o impulso de tirar vantagem é absolutamente natural. O que você faz dele é que te diferencia. Você teve a oportunidade e não fez. Pensar que poderia ter feito não te faz igual a quem de fato faz.
Vou dar um exemplo. No caminho do meu trabalho tem um sinal de trânsito que não tem pardal, e por isso, ninguém respeita. Sempre fico p da vida quando vejo alguém passar o sinal vermelho. Bem, teve um dia que eu estava meio atrasada e pensei que não haveria consequência nenhuma se eu ultrapassasse. Não consegui fazer, esperei o sinal abrir e fui.
Apesar de sempre achar um absurdo quem ultrapassa, num momento eu cogitei a possibilidade de fazer a mesma coisa. Não me acho pior por isso, me acharia se tivesse passado o sinal vermelho.
Sim, vou citar Harry Potter, não são as semelhanças, são as diferenças.
Carol, quero você. Quero me sentar no seu divã. Me dá uma força aí. E faz um desconto, please. Rs.
hahahhaha Poxa, assim tá fácil, cito o Dumbledore e ganho uma cliente!
Lili, eu sou psicóloga de formação, mas não atendo. Tenho planos de corrigir esse erro em no máximo 3 anos. Você será VIP! rsrs
TRÊS anos, mulher? =::( vamos ver se o VIP vai ser incentivo suficiente para a cabeça segurar a onda até lá. ahUAHuahUAHua.
de onde tu é? [eu levo a sério]
TRÊS anos, mulher? =::( vamos ver se o VIP vai ser incentivo suficiente para a cabeça segurar a onda até lá. ahUAHuahUAHua.
de onde tu é? [eu levo a sério]
Outro dia estava lendo uma crônica excelente, porém não me recordo o autor =/ Ele "perguntava" quem nunca furou fila, quem nunca comeu bombom solto e quebrado no supermercado, quem nunca pagou meia entrada sem ser estudante e por aí vai e finalizou exatamente como você. Não é porque é um pequeno delito que você está isento de julgamento, que seja o seu próprio, mas existe. Beijo grande e parabéns pela conduta. O importante é que você só pensou, mas não agiu ;)
Lili, tem muito tempo que eu tô fora da minha área, então vou fazer uma especialização (provavelmente no inicio de 2014- ainda não sei se faço terapia cognitiva ou neuropsicologia, que sempre foi minha área) que tem duração de 2 anos. Então dá 3 anos!
Eu sou de Brasília. E claro que você aguenta!
Adoro Brasília. Tô curtindo, hein! Rs. Sucesso com os projetos! Beijos.
Concordo plenamente com Carolina. Não importa o que vc sente, o que vc pensa, mas o que vc FAZ. Achei um Iphone no momento em que eu tava precisando de um cel (o meu tava péssimo e eu não tinha $ nem pra comprar o smarth phone mais ralé do mercado) e cogitei ficar pra mim, mas aí eu pensei "tá, mas e a minha consciência? vou conseguir dormir sabendo que eu sou uma ladra? - sim, pois ficar com algo achado que vc tem como descobrir o dono é o mesmo que roubar). Aí eu deixei ligado e a dona ligou desesperada e devolvi. Ela nem acreditou, me deu um beijo (eca) de tão feliz, pois quase sempre as pessoas ficam pra si.
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