terça-feira, outubro 23

"A pior parte foi perto do fim. Um monte de gente morreu bem no fim, e eu não sabia se ia conseguir sobreviver por mais um dia. Um fazendeiro, um russo, que Deus o abençoe, viu meu estado, correu até a sua casa e voltou com um pedaço de carne para mim." 
- Ele salvou sua vida. 
- Eu não comi. 
- Não comeu? 
- Era porco. Eu não ia comer porco.
- Por quê? 
- Como assim, por quê? 
- Porque não era kosher, é isso? 
- Claro. 
- Mas nem mesmo para salvar a sua vida? 
- Se nada importa, não há nada a salvar. 

Jonathan Safran Foer é sempre impressionantemente maravilhoso.

3 comentários:

Carolina disse...

Minha nossa, fantástico. O mais interessante é que poucas vezes as pessoas entendem isso.
Nunca li nada dele, nem vi o filme. Lerei.

Anônimo disse...

Qual livro, especificamente?? Gostei!
tici.

lili cheveux de feu disse...

Amadas, este trecho é do livro "Comer animais" que estou lendo agora. Mas leiam "Tudo se ilumina" e o meu preferido "Extremamente alto e incrivelmente perto". São duas jóias maravilhosas. Beijos.