Infelizmente no Brasil hábitos errados são impossíveis de serem corrigidos. Exceto por lei.
Em São Paulo continua a briga das sacolinhas plásticas, que recentemente voltaram a ser distribuídas no supermercado. Em casa, quem faz as compras do dia a dia, tipo feira, é a faxineira. Conversei com ela e expliquei que já estávamos adaptados a não ter sacolinha em casa e que continuaríamos a usar sacola de pano e que eu continuaria a destinar corretamente o lixo reciclável.
Ela foi contrária porque segundo ela isso não era uma solução e porque os políticos em Brasília continuam roubando do povo. Que essa máfia só tinha feito isso para roubar mais. Eu argumentei que entendia o ponto de vista dela, mas expliquei o meu, e que ali era minha casa, minhas regras.
Entendido? Sim entendido.
Duas semanas, enquanto separava o lixo encontrei um bolo de sacolas plásticas no fundo. Ou seja, ela usou sacolas plásticas e preferiu esconder de mim que as tinha usado. Pensei que, vai ver que ela esqueceu a de pano. Na vez seguinte a mesma coisa. E na seguinte, a mesma coisa.
Honestamente eu não sei o que fazer. Eu conversei e avisei sobre o que eu acreditava ser melhor. Posso exigir que ela use a de pano, mas o que possivelmente vai acontecer é que ela vai continuar a usar a de plástico e jogar fora em outro lugar, longe da minha supervisão. Fingir que não vi, não funciona comigo
Como resolver isso? Alguma sugestão?
PS. A Cida é ótima, um anjo. Não quero chateá-la também.
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12 comentários:
ai que nervoso! a sua casa é a empresa dela. se você tem que cumprir todas as regras da sua empresa, ela também tem que cumprir as suas (obviamente, desde que sejam sensatas), é muito simples. se tu acha que falar a mesma coisa que falou antes pode resultar em mais desperdício e não vai resultar em nada, eu acho que tu devia dizer que a partir de agora quem faz as compras é você. isso por que você não quer desperdício de sacolinhas plásticas na sua casa.
ela vai sacar que tu já viu a merda que ela tá fazendo e talvez se proponha a fazer o serviço novamente, mas agora da maneira que você pediu.
Acho que a pior coisa, foi a obrigatoriedade da eco bag. Pq as pessoas deturparam todo no negócio. Começaram a se questionar porque há plástico em todo o supermercado, como as sacolinhas pra legumes e as p/ compra em si, não podiam haver. E no fundo, tal raciocínio tem lógica, embora eu não concorde. Mas ficou parecendo golpe pra vender eco bag e supermercado ganhar dinheiro. Enfim. Não sei se ela é uma pessoa fácil ou difícil... mas se você fosse abriria o jogo da forma mais sincera possível, diria como foi chato descobrir que ela estava escondendo isso, explica (de novo) que respeita o ponto de vista dela, mas que você faz essa escolha por uma questão ambiental. Que não te interessa se fizeram pra 'roubar' ou não... que você usa ecobag porque plástico demora aqueles mil e cacetada anos pra sumir e que as tartarugas sofrem pra caramba e tal. Essas coisas, vai na conversa mesmo. Tipo Telecurso, sabe? Porque hábitos, pelo menos das pessoas com quem convivo, há muito custo, eu consigo mudar assim.
Se você tem paciência, é assim mesmo que tem que fazer, mostrando foto de bicho enrolado em plástico. Se você não tem, imponha... oq não garante sucesso na empreitada. Espero não ter te ofendido. E boa sorte.
Pode apelar pelo conforto também, eu não usava eco bag, foi por causa da lei que comecei a usar e é bem mais confortável de levar as compras. Faça uma demonstração pra ela ver, qdo esqueço da minha sacola sinto falta dela.
sou contra a proibição da sacola de plastico. acho que TODOS os plasticos deveriam ser reduzidos e não só a sacolas. Isso é interesse dos empresários. P q não voltam a vender refri em garrafa de vidro reutilizável? ISso ninguém quer.
Adoro refrigerante em garrafa de vidro. Mas podia ser como na Europa onde vc ganha um desconto por embalagem devolvida. Isso sim seria muito bacana
Na condição de arigó insubmissa, estaria, nesse caso, no lado oposto (chefe) e provavelmente faria o seguinte: Pegaria o bolo de sacola plástica e perguntaria para ela, com calma e tranquilidade, o que as sacolas estão fazendo ali, se a orientação foi clara. Porque se ela deixou as sacolas ali, é porque queria ser descoberta.
Deixa a mulé tranquila pra explicar suas razões. No começo ela vai ficar muda, espera ela falar. Ela deve dar alguma justificativa pro uso da sacola, quer seja uma justificativa ideológica, quer prática.
Depois de ouvir toda a justificativa dela, e mesmo não concordando, libere ela pra usar a sacola plástica e deixe claro para ela NUNCA MAIS esconder nada de você.
Eu particularmente acho que mais vale o bom serviço que ela presta do que o dano de algumas sacolas plásticas a mais. Abre um pouco mão da tua ideologia em benefício da dela. Pode ser tacanha e mal informada, mas vc há de convir comigo que se ela fosse bem informada seria engenheira e não doméstica.
belly, belly, que frase feia tu construiu aí no final do seu texto...
Gente, quanta arrogância nesse último comentário, valha-me. Se vc quer consertar o problema, simples: faça vc mesma suas compras, afinal de contas ela é paga para limpar, não para fazer a feira para você. Do contrário, caso não tenha como abrir mão da delegação dessa tarefa, tenha sempre em mente que quem está fazendo compras é ela, e não vc, logo, deixa a mulher usar sacola, oras.
Digo, no penúltimo comentário [o da "engenheira"]
Se você delegou as compras pra ela, acho que não tem direito de exigir como ela vai carregar. Você pode até mostrar a ecobag, dizer que prefere e tal, mas se ela prefere a sacolinha plástica, não cabe a você proibir. Por acaso ela deixou na tua casa, mas poderia ter jogado fora, levado pra casa dela... seria como, sei lá, falar pra ela pegar ônibus pra ir no supermercado e ela preferir ir a pé, entende... não te cabe esse tipo de determinação, é muito autoritário. Você pode proibir a utilização das sacolas na tua casa, não deixar ela usar como lixinho da pia, e tal... mas só isso. No mais, resigne-se ou então faça você mesma suas compras...
Me animo em saber que não sou a única que não concorda com essa visão distorcida de vida que patroa tem
Ai, que complicação!
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