Viajar...

Definitivamente, amores, não existe justificativa para que a gente deixe de aproveitar uns dias de folga com uma pequena viagem. Já se foi o tempo em que viajar era uma coisa complicada, que exigia um planejamento enorme e um gasto exorbitante. Hoje, com um mínimo de organização, pouquíssimo dinheiro e a ajuda de santo google, a gente resolve tudo com alguns clics e com esforço praticamente zero. Olhem as dicas da Rose:

- Em tempos de real valorizado, ouso dizer que viajar para o exterior está quase mais barato do que para o Brasil. A exceção é justamente o preço das passagens, mas às vezes, colocando na ponta do lápis o valor da hospedagem e alimentação, fica uma coisa pela outra, viu. Além do mais, com as milhas do cartão de crédito, voar para a América do Sul é quase tão fácil quanto para qualquer destino brasileiro, e temos vizinhos tão bonitos, há tanto a ver e descobrir... hotéis, restaurantes, passeios, transporte... quase tudo é mais barato que aqui. Se bobear, uma semaninha de viagem acaba saindo o mesmo preço do que um final de semana em que a gente acaba se descontrolando no shopping...

- Viajar é acima de tudo viver uma nova experiência, experimentar uma vida diferente da nossa de todo dia. Então, nada de dar uma de caramujo e querer levar o guarda-roupa inteiro na mala, carregar todas as nossas manias conosco. O bom é viajar leve, de malinha pequena. Não há o menor problema em repetir o sapato ou o casaco por uns dias seguidos. Básico é bom. Mas percebam - ser básica não é ser desleixada, pelamordedeus! Sapato confortável não é tênis de corrida e casquinho leve não precisa ser aquele amarelinho horrendo que a gente tem há anos combinado com o conjuntinho cor de rosa, né...

- Esqueçam as compras. É roubada. Por experiência própria posso dizer que não é hotel nem a passagem, nem os gastos de dia-a-dia que fazem a fatura do cartão de crédito virar um pesadelo nos meses seguintes à viagem. São as compras. E gente, não vale a pena mesmo. Loja é loja, shopping é shopping, é igual em todo lugar. É quase um crime estar em uma cidade diferente com pouco tempo, sem saber se vai voltar um dia, e perder horas preciosas olhando vitrines que são praticamente as mesmas do que a que temos em nossas cidades. A diferença de preço, quando há, é pequena, e não é por isso que a gente tem que comprar coisas que não está precisando. Acho que se alguém está precisando "desesperadamente" de novas roupas, está praticamente sem sapatos, ou vitalmente necessitado de algum aparelho eletrônico, realmente não deveria estar viajando. O dinheiro deveria estar sendo aproveitado para comprar esse itens e para resolver a vida. Além do gasto, a gente perde o controle da quantidade, e acaba tendo que carregar malas, sacolas, um peso terrível, uma dificuldade sem fim. Sem contar as bobaginhas baratinhas, as lembrancinhas, os berloques, coisas que na maioria das vezes são absolutamente inúteis e vão acabar em casa, no fundo de alguma gaveta, juntando poeira. Aproveite a viagem para ver novas paisagens, observar os hábitos diferentes, tirar fotos, provar novas comidas... é isso que vai ficar de boa lembrança.

- Uma boa companhia é fundamental. Você tem aquela amiga que você ama, mas ela é daquelas que tem nojo do gelo porque não sabe de onde vem a água, reclama porque o quarto do hotel é virado pro poente, fala mal do metrô lotado, se recusa a provar uma comida nova e fica sempre procurando o MacDonald's mais próximo, reclama de dor nos pés, tem milhares de restrições alimentares é alérgica a tudo... olha, ela é ótima, mas sinceramente, pode não ser a melhor companhia para uma viagem legal. Nas viagens é fundamental estar com o espírito mais aberto para gostar de tudo do que para falar mal. Ache um companheiro bem disposto, faz toda a diferença.

- No fim, dá tudo certo, e voltar para casa é sempre uma delícia. Chegamos novas em folha, cheias de disposição, prontas para voltar para a vida cotidiana e para o batente. Enfim, eu tive uma semana ótima, amores! E cá estou, prontinha pra retomar a rotina... voltei!