As mulheres das mais de 30 fotos abaixo são quatro irmãs, retratadas pelo fotógrafo Richard Nixon, todos os anos, desde 1975. Naquele ano, a mais nova tinha 15 anos e a mais velha, esposa de Nixon, 25. A intenção do projeto é mostrar como age o tempo sobre o corpo.
Decidi colocar todas as fotos, criando este post muito longo, porque o trabalho me emocionou extremamente. Na verdade, as fotos mostram muito mais do que a simples passagem do tempo. O envelhecimento e as marcas que vão aparecendo sem que possamos nos dar conta de quando, como, em que ponto surgiram, seriam impressionantes por si sós. Mas há muito mais do que isso - fiquei adivinhando a vida dessas irmãs, que por mais de três décadas se reúnem pelo menos uma vez por ano. Pelas imagens, dá pra ver que a vida foi mais fácil para umas do que para outras; dá para perceber os anos difíceis, em que o cansaço se torna mais visível; que pelo menos uma delas talvez tenha perdido tempo demais nessa vida, demorado demais... será que se arrepende? O que terá acontecido em 1991, que as faz parecer tão cansadas? E que belo ano deve ter sido 1995! O que teria acontecido em 2009, que as impediu de se reunirem?
Essa fascinante experiência não teria sido possível se as quatro irmãs não tivessem se conformado com o passar dos anos e tivessem passado a mocidade se violentando, se esticando, tentando parecer o que já não eram mais... muito mais do que uma cara esticada por procedimentos cirúrgicos ou lábios ridículos, inchados de botox, a última foto, de 2010, mostra a beleza que é atravessar a vida e aceitar as marcas do envelhecimento... o ar um pouco desafiador de 1975 substituído por uma placidez igualmente bela em 2010.
Respirem fundo, amores, porque a viagem é emocionante...
1975
1976
1977
1978
1979
1980
1981
1982
1983
1984
1985
1986
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quarta-feira, julho 6
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8 comentários:
Há um tempo eu havia apostado o link para isto! Adorável, não?
Demais, Adelaide, demais... não tinha percebido que você já tinha colocado o link... achei realmente emocionante...
Adelaide, você também tem a impressão de que a vida das irmãs do meio deve ter sido bem mais turbulenta, e consequentemente bem mais interessante, do que a das outras?
Lindo! Demais! Emocionante!
A ruiva, de cabelo comprido, foi a que mais me chamou a atenção, em todas as fotos. Não sei o porquê.
Lindo demais!
Patricia, acho que talvez pelo tom de pele, pelo tipo físico, é nela que a gente nota a pasasgem do tempo de maneira mais dramática. Ela e a outra do meio, que parece que assumiu uma nova postura, mudou radicalmente depois de madura...
pq é ruiva, patricia. e as ruivas são demais. rsrsrs.
[eu acho meio assustador, pra ser sincera. tenho medo de envelhecer - olha a sindrome do peter pan aí de novo. hahaha]
acho que a ruiva é a mais velha mesmo. Ela é a esposa do fotógrafo...
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