Ok, não é bem assim... mas de qualquer forma é interessante pensar em uma vida sem idades, passado ou futuro. Sem ontem, nem amanhã, nem datas de nascimento. Sofrerão esses índios de ansiedade, nostalgia, saudades? Para quem não tem o conceito de tempo, como será percebida a existência? Como algo absolutamente efêmero e pontual ou como algo infinito? No fim, se abstraímos o conceito do tempo, as duas situações se aproximam demais, não?
Acho que no fim esses índios devem ser bem felizes porque, para mim, o tempo aprisiona. E para você? Aprisiona ou liberta?
Batidas na porta da frente, é o tempo
Eu bebo um pouquinho pra ter argumento
Mas fico sem jeito calada, ele ri
Ele zomba do quanto eu chorei,por que sabe passar e eu não sei
Num dia azul de verão, sinto o vento
Há folhas no meu coração, é o tempo
Recordo o amor que perdi, ele ri
Diz que somos iguais, se eu notei
Pois não sabe ficar, e eu também não sei
E gira em volta de mim, sussurra que apaga os caminhos
Que amores terminam no escuro,sozinhos
Respondo que ele aprisiona,eu liberto
Que ele adormece as paixões,eu desperto
E o tempo se rói com inveja de mim, me vigia querendo aprender
Como eu morro de amor, pra tentar reviver
No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer
Eu posso, ele não vai poder
Me esquecer
3 comentários:
Adorei seu post... Rose você me fez lembrar de um tempo que foi muito bom pra mim... obrigada.
à propósito, pra mim o tempo liberta, pq ele não tem fim, e pq ele não para.
eu fiquei encantada com o fato de os índios mudarem seus nomes nas mudanças das fases da vida, ao invés de contar a anos... lindo lindo.
Também achei isso maravilhoso, Lili... o máximo, não é?
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