Ao lado da alameda no meu caminho para a academia, os moradores dos prédios próximos instalaram uma espécie de postinho, com uma caixinha com sacolinhas plásticas enroladas na ponta. É uma geringonça em que a gente vai lá e puxa um saquinho para recolher o cocô dos nossos cachorros, caso eles resolvam fazer as necessidades na rua. Na caixinha está escrito:
“Colabore com a limpeza e recolha a sujeita do seu animal de estimação. Irracional é o cão.”
Não sei vocês, mas eu, particularmente achei completamente desnecessária essa frase final. Por que uma iniciativa que pode até ser bacana tem que ser tão antipática? Não dá pra conversar com jeito, dar o recado de forma simpática, sem ter que usar de ironia, ou ter que dar uma patada nas pessoas? Além disso, claro que não acho que devamos levar nossos cachorrinhos para fazer cocô na rua, mas o local ali é cheio de grama, árvores, canteiros... não sei se é tão pior assim um cocôzinho de cachorro no pé de uma árvore, onde ele vai virar adubo, do que tirar um saco plástico inteiro (é desses que a gente usa para pegar limão no supermercado, tive a curiosidade de ir lá ver...) para recolher duas bolotinhas da grama... de qualquer forma, isso é outro assunto, o que me chamou a atenção mesmo foi a grosseria do recado. “Irracional é o cão” - coisa mais feia.
Sempre imaginei que essas iniciativas fossem para tornar o lugar onde a gente vive um pouco melhor. Ruas cheias de lixo e de cocô de cachorro certamente são horríveis, mas, no conjunto, postinhos de mau gosto fincados em volta das nossas calçadas e árvores também são, não é? Ainda mais colocados por particulares em lugares públicos. No fim, o que torna um lugar agradável é todo um conjunto de fatores, e não adianta nada consertar uma coisa estragando outra, vocês não acham? Pior que uma eventual sujeirinha na rua é um monte de cara feia, azeda e plaquinhas bregas dando recados mal educados a todos o que passam pela rua, independentemente de terem cachorro ou não.
Ou estou sendo muito chata e sensível??
“Colabore com a limpeza e recolha a sujeita do seu animal de estimação. Irracional é o cão.”
Não sei vocês, mas eu, particularmente achei completamente desnecessária essa frase final. Por que uma iniciativa que pode até ser bacana tem que ser tão antipática? Não dá pra conversar com jeito, dar o recado de forma simpática, sem ter que usar de ironia, ou ter que dar uma patada nas pessoas? Além disso, claro que não acho que devamos levar nossos cachorrinhos para fazer cocô na rua, mas o local ali é cheio de grama, árvores, canteiros... não sei se é tão pior assim um cocôzinho de cachorro no pé de uma árvore, onde ele vai virar adubo, do que tirar um saco plástico inteiro (é desses que a gente usa para pegar limão no supermercado, tive a curiosidade de ir lá ver...) para recolher duas bolotinhas da grama... de qualquer forma, isso é outro assunto, o que me chamou a atenção mesmo foi a grosseria do recado. “Irracional é o cão” - coisa mais feia.
Sempre imaginei que essas iniciativas fossem para tornar o lugar onde a gente vive um pouco melhor. Ruas cheias de lixo e de cocô de cachorro certamente são horríveis, mas, no conjunto, postinhos de mau gosto fincados em volta das nossas calçadas e árvores também são, não é? Ainda mais colocados por particulares em lugares públicos. No fim, o que torna um lugar agradável é todo um conjunto de fatores, e não adianta nada consertar uma coisa estragando outra, vocês não acham? Pior que uma eventual sujeirinha na rua é um monte de cara feia, azeda e plaquinhas bregas dando recados mal educados a todos o que passam pela rua, independentemente de terem cachorro ou não.
Ou estou sendo muito chata e sensível??
9 comentários:
irracionais somos nós que gastamos uma imensidão de água limpa para transportar nossos cocos para um rio que posteriormente vai virar a agua que a gente lava a louça, ou para um mar que posteriormente irá nos servir de praia.
a minha cachorrinha faz coco na grama. e AI de quem vier me pedir para pegar o coco dela da grama... mas vai sair de orelha queimando. já tenho até o discurso pronto - pois que sempre enfrento olhares de reprovação, mas nunca ninguém teve a coragem de verbalizar.
em tempo, eu já vi este equipamento que você descreveu e tive a mesmíssima reação: muita grosseria e muita falta de noção da realidade.
Com certeza. Quem vai lá é justamente quem não merece "ouvir" isso.
Quer um chocolate, mme Foncée?
#tpmÉChato
Desculpe.
Ai, mordomo, depois do cheesecake de Godiva da Adelaide, infelizmente não vai ser qualquer sonho de valsa que voce possa ir buscar ali na delicatessen da esquina que vai resolver o problema não. Dommage, mon cher!
Acho que essa frase ofendeu os cães tb.
(não é ironia)
Luciana.
Não me apedrejem, mas não achei tão antipático assim. Imaginem para os moradores - que não possuem cão, não gostam ou não entendem - encontrar um monte de cocô sempre? Eu não ia gostar também.
Na real, acho que cada um deveria ter bom senso. Os donos, os moradores e etc. Seria legal.
PS: Eu adoro cãozinhos. Meu york morreu.
Tudo tem duas perspectivas, não é?
Eu adoro cães. Não tenho agora, mas pretendo voltar a ter. Mas tenho crianças. Crianças em jardim + cocô à volta das árvores = não legal.
Sem maltratar ninguém, se o dono do cão puder limpar (com ou sem plástico) ou ensinar a usar locais de pouco acesso, isso facilita a vida de todo o mundo. E também: se você costuma exercitar o seu civismo, essa placa certamente não era para você!
Gilda e Ana,
Exatamente por não ser para mim é que eu me incomodo. Não sou contra o aviso, a solicitação, o apelo ao bom senso das pessoas...mas ser grosseiro não dá, né... imagina se a moda pega: nos cruzamentos não iriamos ter mais uma placa dizendo "pare" - seria: "pare, seu imbecil, a preferencial não é sua!" "Proibido estacionar, seu irracional, aqui você atrapalha a passagem". Não dá, né...
As fezes de cães atraem o mosquito da leishmaniose, por isso (também) devemos recolhê~la. Gosto muito deste blog. Beijos
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