Quando Cristina Kirchner foi eleita, na Argentina, a primeira impressão foi a de que se tratava de uma manobra para prolongar o governo do marido, Néstor. Entretanto, ouvi de muita gente boa que, na verdade, desde o início, era ela a cabeça pensante do casal. O que sei é que o casal pegou um país destroçado, renegociou a dívida externa, soube aproveitar a expolsão no preço das commodities, gerou superávit, empregos, crescimento e conteve a inflação.
Cristina é uma figura inacreditável. Exagerada, cafona, fake, mas ao mesmo tempo moderna, vanguardista... paradoxal como o país que governa, agora, com índices altíssimos de popularidade. Vive com as pernas de fora, superproduzida, apareceu de cor-de-rosa da cabeça aos pés quando foi assinar a lei que autorizava o casamento gay (a primeira na América Latina) e parece mesmo uma dessas dançarinas de tango decadentes que a gente vê aos montes pelas ruas de Buenos Aires.
Muitas críticas podem ser feitas a seu governo, bem sei. Mas me emocionei de verdade, no ano passado, ao vê-la, de luto, chorando a morte do marido, apoiada e aclamada pela grande massa da população de seu grande país. À época, disse que não concorreria à reeleição, mas parece que já está mudando de idéia. Será?
segunda-feira, fevereiro 14
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2 comentários:
Faz parte do glamour, JM... faz parte do glamour...
Mas você não acha que falta pouquíssimo pra isso, J?? Eu consigo visualizar a cena perfeitamente!!!
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