quinta-feira, abril 22

Na caminha da médica-da-cabeça...

A discussão girava em torno de um acontecimento familiar muito específico. Um desses acontecimentos que tem como resultado consequências trágicas, literalmente.

- Por que tu és uma mãe substituta para as tuas irmãs.
- Tenho um instinto protetor elevadíssimo em relação a elas, mas todo irmão mais velho é um pouco protetor.
- Irmão é protetor e competitivo ao mesmo tempo. Contigo é diferente. Não competes mais e as enxerga como elas são, sem projetar. Elas te buscam como quem busca a mãe, por que tu transmites segurança e equilíbrio para elas. Na medida do possível.


(silêncio)

- Quem é a minha mãe substituta?

(silêncio)

- Eu não busco uma mãe nas gurias. Em ninguém.

(silêncio)

- Eu não tenho mãe?!
- Não. Tu não tens mãe.
- Como assim?

- Depois de todos estes anos de tratamento tu conseguiste internalizar, dentro de ti mesma, a tua mãe substituta.
- E... eu sou a minha mãe substituta!? Como eu fiz isso?
- Pegando pedaços de cada mãe que tu gostarias de ter tido e criando uma. Sempre foste e vais continuar indo atrás, por que é da tua essência, para descobrir de onde vem isso e aquilo, o porquê disso ou daquilo. Te tornaste conhecedora da essência humana, especialmente de ti mesma.
- Sim, eu me conheço do avesso.

(silêncio)

- É no meu avesso que está a mãe que eu criei pra mim....... tá, mas se agora tu vieres com papo de alta, quebro essa sala todinha! Vou me sentir uma fracassada se não resolver a questão que me fez vir aqui.

(gargalhada)

- Te espero na semana que vem, então.

4 comentários:

JMJr disse...

Rouzzz, eu PRECISO conhecer essa mulher, entende? EU PRECISO! Tô virando fã dela!

Pena que Adelaide não deixa...

Lili Cheveux de Feu disse...

hum... li sobre umas coisas assim nos textos que me passou...

Rose Foncée disse...

hauhauhau se até tu for para lá... melhor, não.

Anônimo disse...

Um dia eu chego nesta etapa.