Daí que ela fez um pocket show seguido de uma noite de autógrafos na última quarta-feira, na FNAC Campinas. Como participei de uma discussão sobre a criatura no sábado anterior e como iria dar carona a um amigo jornalista, resolvi ver com meus próprios olhos a garota prodígio, a grande revelação da música brasileira e quiçá mundial.
O show começa com o público. Dezenas de adolescentes vestidas de modo estranho, com os cabelos cortados igual ao da musa pop, tendo chiliques. Uma delas, com as bochechas muito vermelhas (meu amigo disse que era batom), mordia a mão direita, dava pequenos saltinhos e apertava os olhos quase chorando. Uma segunda que era idêntica à Mallu[ca], conversava com uma amiga num outro canto. Olhei para o meu amigo e disse "me dá aqui o seu bloquinho de anotações e uma caneta que eu preciso fazer uma pesquisa". Abordei as duas últimas garotas, me passando por jornalista e o resultado foi:
Eu: Olá! Eu sou correspondente do Jornal **** e gostaria de fazer algumas perguntas para colocar uma notinha no nosso site. Vocês podem me ajudar?
Garota 1: Ai, pode. Sim, sim.
Eu: Qual o nome e idade de vocês?
[elas respoderam, ambas com 16 anos]
Eu: Então, primeiro eu gostaria de saber como foi que vocês conheceram a Mallu. Foi logo no começo pela internet, ou na MTV, em algum programa?
Garota 1: Eu conheci no Altas Horas.
Garota 2: Eu conheci depois que meus amigos me mostraram. Eles falavam muito dela.
Eu: Legal. E quais outros músicos vocês gostam?
Garota 1: Eu gosto do Bob Dylan, Beatles...
Garota 2: KT Tunstall...
Eu: E você cortou os cabelos desse jeito por causa dela?
Garota 1: É... Humm... Foi. Foi sim. [risos]
Eu: E me falem um negócio, o que vocês acham que significa "tchubaruba"?
Garota 1: Ah... Acho que é um sentimento né? Alguma coisa boa...
Garota 2: Ou então é só um barulho que ficou bom na música...
O showzinho dela é engraçadinho, mas não tem nada de extraordinário. Ela não faz nada que qualquer outro adolescente não consiga fazer com algumas poucas aulas de um instrumento - as duas entrevistadas inclusive disseram tocar violão e piano. Dou crétido por ter escrito as músicas (ou será que foi o pai, também músico? rs). Teve uns 2 minutos de chilique de 'retardadice', como sempre: "Eh... Então... Será que... Se eu fizer outro show em Campinas... vocês... vocês vão me ver de novo? Ai gente, vocês são tão legais!" e só.
Pois então. Não cheguei a nenhuma conclusão e realmente não entendo o por quê da louca febre.
Só esperando alguns anos para entender se ela é só retardada ou de repente é uma gênia.
sábado, fevereiro 14
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