sexta-feira, setembro 22

Fato.

Na terça-feira tínhamos uma apresentação da obra “Salomé” de Oscar Wilde, dentro dum seminário cênico, no Conservatório. Tudo estava dando errado. Não tínhamos tido tempo para ensaiar e mal tínhamos decorado o texto. Fomos expulsos da primeira sala em que pensamos montar o cenário. Na sala seguinte fomos expulsos novamente e nos mandamos lá pro jardim. Ok. Não havia como montar o cenário no jardim, não tinha luz, tava um frio dos infernos e nossos figurinos eram túnicas. A protagonista da peça tropeçou na única taça que tínhamos para a cena e quebrou a bendita em mil pedaços exatamente no espaço que usaríamos para encenar a peça, descalços. Enfim, O Caos. Aí que, já bastante fodidos e sem taça nenhuma pra pôr o vinho em cena, resolvemos secar a garrafa de Chapinha. Agora sim, todos alegres, rindo à toa e a protagonista, não acostumada a beber vinho, depois de rir um tanto começou a chorar um minutinho antes de o espetáculo começar: “eu queria que a minha peça ficasse bonita... buáááá”.
Ok. Vamos lá! Merda! Merda! Quebre a perna, e vamos lá!
Olha, eu não sei de onde vieram toda a energia e a vontade [do vinho?] mas o fato é que fomos ovacionadíssimos e um dos professores disse até que aquela foi a melhor apresentação que já fizemos! ;-)

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