quinta-feira, maio 18

Da série: só pontos, sem vírgulas

sento-me aos meus pés e em compasso de espera aqueço as cores sozinhas de mais uma noite com estrelas contadas. calculo os riscos e como suas mãos não mais existem deduzo seu cheiro que agora anseia por uma nova nota que desconheço.meus olhos cansados permeiam a inércia de um sentimento guardado e escondido. a gaveta ainda é a mesma que um dia abrandou-se feliz ao receber a vontade sublime de que tudo fosse pra sempre. o sal dos meus lábios sabe do vazio e do desejo do medo e da catarse das páginas em branco de agora ser única e apenas. de ser só um quase.

2 comentários:

Anônimo disse...

Nossa, encontri seu post zapiando, peço licença para postar! Sua linha me conduziu e me prendeu neste post.
Um grande abraço
Donaella

Anônimo disse...

eu também já aproveito para pedir autorização de publicar o texto no meu site. achei lindo apesar de um pouco melancólico, qualquer objeção me escreva.